Portugal sobe nove posições no ranking europeu de pedidos de patente
Os dados comparam os números de 2001 e 2020 e revelam que Portugal subiu nove posições no ranking europeu de pedidos de patentes e indicam que deverá, em breve, ultrapassar o Luxemburgo e a República Checa.
Os dados, que constam do barómetro Patentes made in Portugal 2022, compilado pela Inventa, mostram também que os pedidos depositados por requerentes portugueses no INPI cresceu 9,3% em 2021. Verifica-se tanto uma evolução do uso do sistema de patentes pelos requerentes residentes nas regiões de Portugal continental, como nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores.
O Norte do país tem mantido a liderança, tanto nos pedidos europeus (Instituto Europeu de Patentes – EPO) como nos pedidos submetidos através do Instituto Nacional da Propriedade Industrial. A tendência reflete a maior concentração do tecido industrial português, e com isso, das atividades de investigação e desenvolvimento. No entanto, o maior crescimento no depósito de pedidos de patente europeia cabe à região centro, entre 2020 e 2021 e foi de 133%. A nível nacional os pedidos de patente, no mesmo período, aumentaram 5%.
“A utilização do sistema de patentes por requerentes com origem em Portugal intensifica-se ao longo dos anos, tornando mais efetiva a proteção das suas invenções como um ativo de propriedade industrial», destaca Vítor Sérgio Moreira, coordenador de patentes na Inventa.
«Adicionalmente, os requerentes portugueses estão a ter cada vez mais patentes no estrangeiro e a mantê-las em vigor por mais tempo, a corroborar o crescimento da qualidade das invenções protegidas pelas patentes e da percepção da importância do sistema de patentes», acrescenta o responsável.
Portugal ocupa agora a 19ª posição europeia em número de validações de patentes. Verifica-se um interesse sobretudo no mercado europeu, americano (E.U.A., Brasil e Canadá) e asiático (Japão, China e Coreia do Sul), com um crescimento superior a 20% para as internacionalizações no Japão e Canadá durante este período.
A informação compilada pelo Barómetro mostra também que os pedidos de patente em 2021, na comparação com o mesmo indicador antes da pandemia, traduzem um abrandamento, de acordo com os dados anuais do Instituto Nacional da Propriedade Industrial. «Acredita-se que este decréscimo foi influenciado, muito em parte, devido às limitações de recursos impostos pela pandemia, forçando as empresas a redireccionar temporariamente os seus investimentos destinados à proteção da propriedade industrial», refere a Inventa.
Por entidades, a Novadelta destaca-se sendo a primeira empresa com um número de invenções com proteção por patente superior às universidades portuguesas (443).Destaque também para a Bosch Portugal (75) e para a Hovione (449). Nas universidades Minho (192), Porto (196) e Lisboa (127) são as que detém maior número de famílias de patentes.
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