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«Portugal tem características fantásticas para ser um grande exportador de serviços de TI»

Publicado em 17 Abril 2017 | 7206 Visualizações

O aumento da competição no mercado português tem acompanhado a recuperação dos negócios, e a subsidiária portuguesa da empresa francesa Aubay reflete esse novo impulso. Em 2016, o grupo Aubay registou um salto de 32,6% nos lucros, para 21,3 milhões de euros, com um volume de negócios de 326,4 milhões de euros. Portugal desempenhou um papel positivo nessa performance.

«2016 foi um ano muito positivo para a Aubay», afirma ao Ntech.news, João Bexiga, administrador da empresa. Foram contratados 70 novos colaboradores e os quadros aumentaram para 330 no final do ano, com perspetivas de continuar a crescer. «A necessidade de aumentar a equipa é algo que surge de uma forma quase diária. Há sempre um projeto novo para arrancar e mais alguém para contratar», indica o responsável, avançado que até ao final de 2017, está previsto aumentar para 400 o número de colaboradores em Portugal.

A Aubay abriu recentemente um escritório no Porto e está a trabalhar com grandes clientes a partir da nova localização. João Bexiga refere que o país deixou de se focar exclusivamente em Lisboa e já tem muita coisa a acontecer no Porto e noutros polos tecnológicos, como Braga, Guimarães, Aveiro e Leiria. A empresa não tem planeada a abertura de outros escritórios neste momento,«mas é provável que venha a acontecer, tendo em conta a linha de desenvolvimento que o país está a seguir», sustenta o administrador.

Com cerca de 60 clientes em Portugal, o core da Aubay é o desenvolvimento, manutenção e suporte de aplicações em várias tecnologias, com destaque para Java, .Net, Outsystems e plataformas móveis. São este os mais procurados pelo mercado, refere João Bexiga. O foco da especialista em serviços digitais está nas grandes empresas, mas também trabalha com pequenas startups e média empresas, dada a composição do tecido empresarial português. «Em primeiro lugar vem o sector da banca, seguido dos seguros e das telecomunicações. A seguir vêm os serviços, o retalho com bastante ênfase para o comércio eletrónico e os transportes», descreve o administrador.

Nos últimos anos, a Aubay tem beneficiado do desenvolvimento da prestação de serviços de TI para clientes estrangeiros a partir de Portugal, em regime de nearshore. A abertura de centros de competências e a melhoria da qualidade na formação universitária têm ajudado o mercado como um todo. «A qualidade dos nossos profissionais, a sua formação e ética de trabalho são reconhecidas pelos clientes estrangeiros», lembra o administrador. Segundo ele, Portugal tem características «fantásticas para ser um grande exportador de serviços de TI».

Para este ano, a empresa pretende continuar a crescer e reforçou a sua capacidade de recrutamento e a ligação a universidades. «O sector das TI continua a progredir impulsionado pelo crescimento do mercado digital e pela necessidade crescente de racionalização dos sistemas existentes que implicam investimentos substanciais por parte dos clientes de todos os sectores de atividade», sublinha João Bexiga. O executivo defende que a Aubay está bem posicionada em termos de oferta e presença geográfica para satisfazer essa procura crescente. «Por isso, em 2017 vamos continuar a intensificar os nossos esforços de recrutamento e de retenção de talento proporcionando-lhes as melhores oportunidades e projetos desafiadores».

João Bexiga identifica como mais-valias da Aubay a qualidade técnica dos seus colaboradores e a a flexibilidade e capacidade de adaptação a cada projeto, além da «transparência e honestidade» com que trata os clientes e os quadros.

 


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Negócios

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