PRR tem 47 milhões de euros para formação em cibersegurança. Centros de competências vão chegar a todo o país
Mario Campolargo, Secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, admitiu numa intervenção na conferência C-Days 2022 no Estoril ser «fundamental que todas as entidades, públicas e privadas, assumam na sua cultura organizacional a cibersegurança».
O responsável lembrou o papel que o Centro Nacional de Cibersegurança tem tido nesta matéria e destacou que o Plano de Recuperação e Resiliência tem 47 milhões de euros reservados para a formação em cibersegurança. Esta verba vai para o «reforço do quadro geral da cibersegurança, e destina-se a dar resposta a algumas das principais questões da atualidade nesta matéria».
Campolargo destacou também no evento que vai ser criada uma rede de centros de competências «para ajudar as empresas e as entidades públicas de todo o país a definirem a sua própria abordagem à cibersegurança». Esta C-Network vai ter representação em cada uma das regiões NUTS, do continente e ilhas e disponibilizará apoio técnico especializado e aconselhamento de primeira linha.
Foi ainda apontado o lançamento da C-Academy, uma Academia de Cibersegurança «para aumentar a oferta de recursos humanos especializados em cibersegurança à disposição das empresas e da Administração Pública». Este programa de formação avançada vai ser ministrado por várias instituições de ensino superior, no âmbito de um memorando de entendimento assinado com as instituições aderentes. O objetivo é formar 9800 especialistas.
Como destaca uma nota no site do Governo, o responsável frisou na intervenção que «a cibersegurança assume uma posição de relevo na vida das pessoas e é crucial na atividade das organizações», considerando que Portugal tem feito uma evolução positiva neste domínio. Isso é atestado pela passagem de 42º para o 14º lugar no Índice Global de Cibersegurança da União Internacional das Telecomunicações, divulgado em 2021, que analisa a realidade de 194 países. No contexto europeu Portugal ocupava a 8ª posição.
Sobre a intervenção do CNCS, Maria Campolargo referiu que tem vindo a disponibilizar às empresas e aos cidadãos vários recursos para reforçarem as suas capacidades de cibersegurança, promovendo boas práticas através do Quadro Nacional de Referência em Cibersegurança, junto das empresas e entidades públicas. As ações de formação e treino em contexto profissional ministradas por esta via já terão chegado a 100 mil pessoas, desde 2019.
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