Que tendências vão marcar o futuro das empresas portuguesas? Deloitte escolhe 6
A massificação das tecnologias de IA (Inteligência Artificial), a adesão a ecossistemas e arquiteturas descentralizadas e a expansão do metaverso estão entre as tendências que prometem ter mais impacto nas empresas portuguesas ao longo dos próximos anos.
A par disto, as empresas, em Portugal e no resto do mundo, vão continuar a ser impactadas pela falta de mão de obra qualificada, que se manterá um desafio para as organizações em processo de transformação digital, e que continuará a acelerar a aposta em formação e na captação de talento.
As conclusões integram a 14.ª edição do estudo Tech Trends da Deloitte, onde a confiança se destaca como o elemento central em todas as tendências. Como sublinha a consultora, gradualmente as empresas vêm reconhecendo que os resultados dos negócios estão menos dependentes da capacidade tecnológica, que é já uma realidade, e mais ligados à «confiança na adoção e no impacto futuro».
A mais recente edição deste estudo da Deloitte alinha assim «seis macro forças tecnológicas que em conjunto são a base fornecem uma estrutura para a evolução contínua em direção a três estratégias: simplicidade, inteligência e abundância». A adoção destas tecnologias é apontada como «crucial para que as empresas permaneçam competitivas e se adaptem ao mercado em constante evolução».
As tendências alinhadas pela Deloitte são:
• Internet imersiva para as empresas: Interfaces virtuais vão abrir portas a uma internet imersiva que se manifestará de três formas: realidade estendida, incluindo uma experiência no metaverso voltada para o consumidor; simulação empresarial, através de gémeos digitais dos ativos físicos para prototipar e experimentar; e de uma maior experiência da força de trabalho – no recrutamento, produtividade, ou aprendizagem.
• Abrir caminho para as novas tecnologias de IA: Num momento em que as ferramentas de IA crescem exponencialmente, as organizações estão a descobrir as vantagens desta tecnologia. A Deloitte frisa que para gerar um nível cada vez mais elevado de confiança, os algoritmos de IA devem ser visíveis, auditáveis e explicáveis, e os profissionais das organizações devem estar diretamente envolvidos no desenho e impacto destas ferramentas para o negócio.
• Acima das nuvens: como dominar o multicloud: 10 anos de implementações multicloud trouxeram complexidade para a gestão da cloud. Atualmente as empresas tentam simplificar o processo, através de uma camada de abstração e automação. «Com estes serviços cross-cloud a permitirem gerir operações, governação e segurança, as organizações podem aproveitar ao máximo a versatilidade, elasticidade, flexibilidade e escalabilidade da Cloud», destaca a Deloitte.
• Flexibilidade, o melhor aliado: As empresas estão a ser obrigadas a reinventar a sua força de trabalho na área da tecnologia, para fazer face à atual escassez de talento e estão a definir estratégias de longo prazo para criar, promover e cultivar talento em tecnologia dentro das organizações. «Ao permitir que os profissionais explorem diferentes modelos flexíveis, as organizações estão a oferecer uma experiência de trabalho diferenciada com naturais vantagens para o negócio».
• Arquiteturas e ecossistemas descentralizados: O potencial do blockchain e dos ativos digitais aplicado aos negócios continua a aumentar, mesmo acompanhado da volatilidade das criptomoedas. A Deloitte defende que esse potencial será cada vez mais aproveitado, numa altura em que a desinformação e as fake news proliferam e em que uma nova abordagem, para validar dados e transações com base em blockchain, pode ser a solução para promover uma maior confiança.
• Conectar e expandir: modernização dos mainframes: Os custos e a complexidade de substituir as antigas soluções mainframe está a fazer muitas empresas olharem para outros caminhos, expandindo-as e integrando-as com tecnologias emergentes. Isso está a ser feito a partir de conectores inovadores baseados em micro-serviços e alavancados em IA, ou com interfaces de utilizador inovadores, que abrem novas oportunidades, potenciadas por mecanismos de Cloud ou IA.
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