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Radar da Zarph sintonizado para a internacionalização

Publicado em 22 Novembro 2016 | 1532 Visualizações

Embora os projetos continuem a avançar a bom ritmo em Portugal, a Europa de Leste e a América Latina têm sido destinos por onde tem passado o negócio da empresa liderada por Pedro Mourato Gordo durante 2016. O negócio além-fronteiras já tem um peso de 80% na faturação da Zarph. Ao fazer um balanço positivo do primeiro semestre do ano, o CEO da empresa assinala a relevância da parceria com o ProCredit Bank, banco alemão com o qual tem trabalhado em vários mercados internacionais, como a Bulgária e a Grécia.

 

Ntech-news – Quais os pontos mais marcantes deste período em matéria de concretização de negócio?

Pedro Mourato Gordo – O ponto mais marcante foi, sem dúvida, a entrada em novos mercados através da parceria com o ProCredit Bank. Depois de Bulgária e Grécia, numa primeira fase, seguiram-se países como Kosovo, Macedónia, Bósnia, Moldávia, Equador e Colômbia. Tratou-se de um processo de internacionalização muito rápido, que nos obrigou a reestruturar processos de trabalho no sentido de responder de forma direcionada para a realidade dos clientes internacionais.

 

Considera que já se notou alguma retoma no mercado nacional?

Nos últimos meses, o nosso foco tem estado mais direcionado para os mercados internacionais, embora tenhamos concretizado alguns negócios também no mercado nacional. Na área do MB WAY, fechámos um projeto com a TopAtlântico, que permitiu à rede de agências de viagens tornar-se uma das primeiras a disponibilizar esta nova solução, e outro com a José de Mello Saúde para o portal My CUF. Mais recentemente, equipámos o novo Hospital da CUF, em Viseu, através da implementação de uma solução de gestão de tesouraria que gere a informação em tempo real e de acordo com o processo interno do hospital, a exemplo da já colocada em funcionamento noutras unidades do grupo. O mercado nacional ainda se mostra pouco aberto a mudanças de processo e inovações tecnológicas. Em todo o caso, consideramos que existe mercado e isso é visível quando apresentamos as nossas soluções de gestão de numerário e demonstramos o funcionamento da plataforma.

 

E a nível internacional, como desenvolveram o negócio?

A estratégia de internacionalização da Zarph passa por encontrar um parceiro local, que tenha os contactos e a cultura do país, no sentido de acelerar a entrada das nossas soluções no mercado. No caso da parceria com o ProCredit Bank, fizemos uma apresentação genérica da solução de gestão de tesouraria e instalámos um equipamento na Sede, em Sófia, para avaliar o potencial da mesma. A partir daí, fizemos algumas adaptações e replicámos o projeto a outras agências do banco na Bulgária e em mais sete países.

 

Que oportunidades estão a explorar? Quais os projetos mais interessantes?

Neste momento, continuamos em contacto permanente com o ProCredit Bank no sentido de sustentar a parceria e analisar novas oportunidades nos mercados onde o banco está presente. No entanto, estamos sempre atentos a novas oportunidades de negócio que possam surgir noutras geografias.

 

Quanto vale o negócio além-fronteiras?

O negócio além-fronteiras tem um peso de 80% na faturação da Zarph.

 

O que esperam deste segundo semestre?

Será importante dar continuidade aos bons resultados registados no primeiro semestre. Até ao final do ano, esperamos anunciar a entrada em, pelo menos, mais um mercado e fechar mais um ou dois projetos em mercados onde já estamos presentes.

 

Que objetivos definiram?

Neste momento, o objetivo é tirar partido das soluções que temos – Gestão de Tesouraria, Sistemas de Pagamentos e MB WAY. Se é ideal para os objetivos que traçamos? Consideramos que sim e a prova disso é a aceitação dos mercados onde estamos. O nosso foco está no aumento do número de clientes, com o consequente aumento da faturação nos mercados internacionais onde estamos presentes. A nossa previsão de volume de negócios para o ano corrente está acima de 1 milhão.

 

Notam diferenças entre os investimentos a nível nacional e internacional?

Sentimos que os mercados onde nos encontramos são mercados que se querem diferenciar, o que se traduz em investimentos que têm como objetivo inovar nos serviços que oferecem aos seus clientes. A nível nacional, sabemos que a conjuntura do setor empresarial não é muito positiva. Lá fora, o contexto é diferente e há mais margem para investimentos em tecnologia. Com este tipo de investimentos, as empresas, além de conseguirem oferecer serviços inovadores aos seus clientes, têm ganhos significativos de eficiência, o que se traduz em redução de custos para as organizações. É o caso do Procredit Bank, que está a transformar os seus balcões num centro de consultoria para o seu cliente, colocando fora do balcão as operações de numerário físico.

 

Com que soluções estão a inovar no mercado?

Além dos equipamentos de depósitos de numerário e/ou cheques, ou de pagamentos com dinheiro e/ou cartão, a grande mais-valia é a plataforma web, criada e desenvolvida de raiz pela nossa equipa de R&D, que permite uma monitorização em tempo real da circulação de informação de todas as operações. Somos igualmente parceiros certificados pela SIBS para o MB WAY, a primeira solução interbancária que permite fazer compras e transferências imediatas através de smartphone ou tablet. A aposta da Zarph traduz-se na oferta de soluções tecnológicas em quatro áreas distintas, entre as quais Sites e Vendas Online, Quiosques de Pagamento, Máquinas de Vending e Sistemas Fechados que obrigam à utilização de cartões de fidelização.

 

Consideram-se uma empresa competitiva?

A experiência que temos adquirido e os negócios que temos concretizado dizem-nos que sim. De notar que, internacionalmente, concorremos com alguns gigantes desta indústria e a nossa solução tem sido a preferida pela sua competitividade e inovação.

 

Quais os vossos principais pontos de diferenciação?

A Zarph posiciona-se como uma empresa tecnológica que desenvolve soluções de gestão de tesouraria e sistemas de pagamentos cuja implementação permite automatizar os processos de controlo e gestão da informação de uma forma centralizada, hierarquizada e em tempo real. Não é por acaso que uma empresa como a José de Mello Saúde ou um banco como o ProCredit decide apostar numa solução de uma startup. Só o fizeram porque solucionámos um problema significativo da parte de gestão, melhorando o fluxo de numerário e de rentabilização de recursos humanos.


Publicado em:

Na Primeira Pessoa

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