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Ransomware móvel está em grande crescimento em 2018

Publicado em 28 Junho 2018 por Ntech.news - Ana Rita Guerra | 2169 Visualizações

Uma das tendências mais preocupantes de cibersegurança em 2018 é o crescimento alarmante de ransomware para dispositivos móveis, de acordo com os especialistas da Check Point Software Technologies. A empresa explica que um dos métodos que os atacantes estão a usar é a infiltração na loja de aplicações Google Play, cujo potencial de vítimas é enorme.

«Embora seja difícil eludir as proteções do Google, os investigadores da Check Point já detetaram uma variante chamada Charger que o conseguiu fazer», explica a empresa. «Podemos esperar, portanto, que no futuro próximo outras famílias de ransomware também o consigam.»

Um dos cenários futuros que a Check Point analisa é a encriptação completa dos dispositivos, o que causará efeitos mais devastadores. É algo que ainda não acontece: até ao momento, o ransomware móvel apenas encripta algumas partes do dispositivo e dos ficheiros armazenados, ou bloqueia o acesso do utilizador ao dispositivo sem encriptar nada. «Isto deve-se ao facto de serem necessárias muitas permissões para aceder a determinadas partes do smartphone, o que exige um grande esforço por parte dos cibercriminosos», analisa a Check Point.

A especialista prevê o aparecimento de variantes capazes de inutilizar todo o terminal e de bloquear o cartão SD, que muitas vezes contém os dados mais valiosos.

Outra expectativa negativa que a empresa tem é que os trojans bancários para dispositivos móveis comecem a incluir o ransomware como parte da sua operação para evitar que o utilizador possa defender-se. Um dos riscos é que este tipo de malware consegue enganar facilmente mecanismos de proteção, como a autenticação de dois fatores.

Foi a estratégia do Trojan GameOver Zeus, que combinou ataques DDoS com fraude bancária, impedindo as vítimas de interromper o ataque. Por seu lado, o BankBot utilizou métodos de camuflagem típicos do ransomware para se infiltrar no Google Play.

«O ransomware móvel evoluiu muito nos últimos meses, e a Check Point prevê que continue a crescer no seu alcance e que desenvolva novas e mais potentes funções para obter benefícios», avisa a empresa, urgindo as empresas a protegerem os smartphones e tablets dos trabalhadores «do mesmo modo que defendem qualquer outra parte da sua rede.»


Publicado em:

Mobilidade

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