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BI4ALL: Dentro de dois anos a maior parte da faturação vai ter origem no mercado internacional

Publicado em 19 Abril 2017 por Ntech.news - Rui da Rocha Ferreira | 3560 Visualizações

Resultados BI4ALL

O ano de 2016 foi muito positivo para a BI4ALL: crescimento de 52% para uma faturação total de sete milhões de euros. Mas os objetivos para 2017 são igualmente ambiciosos. O diretor executivo da tecnológica, José Oliveira, revelou que este ano a meta é chegar aos 10 milhões de euros em faturação, para um novo crescimento saudável a dois dígitos na casa dos 40%.

Este ritmo forte de crescimento tem sido suportado pelo mercado internacional que representa cada vez mais nos resultados da BI4ALL. No ano passado 2,6 milhões de euros de faturação tiveram origem nos negócios internacionais da empresa, um crescimento de 90% relativamente aos valores que tinham sido obtidos em 2015.

José Oliveira não tem dúvidas de que no decorrer de 2017 “o  crescimento principal vai ser internacional”, disse em conferência de imprensa, mas preferiu não arriscar um valor de quanto pode vir a valer na faturação total da empresa já este ano. Na opinião do CEO é expectável que haja uma forte aproximação da faturação internacional relativamente à faturação nacional, mas tudo vai depender dos projetos que a empresa conseguir concretizar a curto espaço.

Será no entanto uma questão de tempo até que o negócio internacional da BI4ALL ultrapasse o negócio realizado ‘dentro de portas’, algo que para José Oliveira vai acontecer até 2018. “O objetivo futuro é esse [internacional valer mais do que nacional]. (…) A dois anos tenho claramente a ideia de que vai acontecer, era muito bom sinal se acontecesse”, partilhou o CEO.

José Oliveira | CEO BI4ALL

O diretor executivo da BI4ALL, José Oliveira, na apresentação dos resultados financeiros da empresa relativos a 2016. #Crédito: Ntech.news

 

Dentro desta estratégia de internacionalização, a BI4ALL tem apostado na presença em eventos fora do país, tendo já participado em encontros na Suécia e em Inglaterra, estando marcadas outras duas viagens para promover a tecnológica, com uma delas a realizar-se à Suíça.

Também a pensar nos mercados internacionais, a BI4ALL vai inaugurar hoje oficialmente um novo centro de nearshore. “A ideia é centralizar o serviço todo ali, estamos a responder a três clientes internacionais e é uma estratégia muito orientada para o internacional”, acrescentou o CEO. O novo centro vai concentrar numa primeira fase perto de cinco dezenas de trabalhadores.

Atualmente a BI4ALL é composta por 150 funcionários e o objetivo para este ano é crescer para os 160 colaboradores. José Oliveira não descarta a possibilidade de a empresa vir a ter um crescimento acima do delineado inicialmente. “Depende muito da nossa capacidade de contratação e depende do boom que pode haver nos projetos internacionais. Em janeiro diria 160 colaboradores, hoje já não sei”.

Os sectores farmacêutico, de telecomunicações, de banca e seguros têm sido os mais fortes da BI4ALL e a expectativa é que o perfil de clientes mantenha-se dentro desta linha.

Capital intelectual

Durante a apresentação dos resultados financeiros do ano passado, o CEO da BI4ALL acabou por referir várias vezes a importância que a força de trabalho qualificada tem no desempenho da tecnológica.

José Oliveira diz que atualmente é difícil contratar novas pessoas para a empresa pois o mercado está muito competitivo e muitos dos jovens que terminam os cursos universitários já têm um contrato garantido. Por outro lado a empresa também esforça-se para ‘blindar’ os atuais trabalhadores para que não sejam desviados pelas empresas concorrentes.

O diretor executivo da tecnológica especializada em tecnologias de business intelligence considera mesmo que o que acaba por distinguir a proposta da BI4ALL de propostas concorrentes é o “capital intelectual”.

José Oliveira destacou a forte aposta que a empresa e os seus colaboradores fazem na certificação, processo no qual também envolvem muitas vezes os seus clientes e parceiros de negócio, para que possam estar todos em sintonia com as novas tendências e as novas exigências do mercado. “O crescimento da faturação está ligado ao crescimento da equipa”, defendeu o executivo.

Sobre esta valorização do capital humano das empresas, José Oliveira acabou por lamentar o facto de em Portugal os clientes estarem mais focadas no preço final do serviço do que propriamente nas condições de execução desse serviço.

“As grandes empresas apertam sempre pelo pricing e algo vai ter que mudar. (…) A nossa estratégia deixa de ser uma estratégia de apoio à dinamização da digitalização em Portugal, porque não valorizam as pessoas”, concluiu.


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Negócios

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