Mais de 30% dos gestores portugueses de TI ainda não conhecem bem as novas regras de proteção de dados
No dia 25 de maio de 2018 termina o prazo para que as empresas tenham adotado o novo Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) da União Europeia. Significa isto que falta menos de um ano para que todas as alterações estejam já em funcionamento.
Apesar de o prazo estar cada vez mais próximo, mais de 30% dos profissionais ligados às áreas de decisão de TI em Portugal ainda não conhecem bem o novo regulamento. A conclusão é de um estudo feito pela Kaspersky Lab em vários países europeus e que em Portugal contemplou a entrevista a 150 pessoas.
Dos inquiridos, 40% dizem conhecer e “estar a par de alguns pormenores” do RGPD, com apenas 25% a admitirem ter um bom nível de conhecimento sobre as alterações que estão em curso.
Os valores acabam por causar alguma preocupação tendo em conta que o incumprimento das novas regras de proteção de dados pode gerar multas que vão até aos 20 milhões de euros.
Em Portugal 43% dos gestores de TI acreditam que as informações pessoas passarão a ser bem geridas pelas empresas fruto do RGPD, com outros 19% a discordarem desta ideia. Os gestores portugueses estão ainda bastante preocupados com a possibilidade de haver acesso indevido às informações – 83% – e com o número de organizações que podem ter acesso às suas informações pessoais – 86%.
Apesar da preocupação que existe relativamente aos dados e ao considerável número de gestores que ainda não têm total conhecimento do novo regulamento, o nível de apreensão com o RGPD é baixo – apenas 23% mostram-se preocupados com as alterações.
Por outro lado, 71% dos gestores de TI portugueses admitiram que a entrada em vigor do RGPD vai ajudá-los a aplicar os níveis corretos de proteção de dados na suas empresas.
Quando faltam menos de 12 meses para o final do prazo de adaptação, há ainda 73% dos inquiridos que gostavam de saber o verdadeiro significado e impacto do novo regulamento para as suas empresas, com 29% a revelarem que não fazem ideia de como vão adaptar-se às exigências legais da proteção de dados.
«Durante o próximo ano, esperamos ver mais profissionais de TI a chamar à atenção para a proteção dos dados pessoais dentro das organizações nas quais trabalham. O GDPR é uma oportunidade para que o TI traga ainda mais valor para as empresas, e para se tornar uma força para a saúde dos dados nas organizações, através do fortalecimento da proteção dos dados pessoais que estão ao seu cuidado», comentou em comunicado o diretor-geral da Kaspersky Lab, Alfonso Ramírez.
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