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ROFF prepara-se para crescer em força na América Latina

Publicado em 22 Dezembro 2016 | 1775 Visualizações

Francisco Febrero, CEO da ROFF, falou com o Ntech.news sobre a venda da empresa que ajudou a fundar e que dirige, explicando onde está hoje a ROFF e que caminho vai seguir nos próximos anos.

A ROFF nasceu em 1996 e pouco mais de uma década depois integrou o grupo Reditus. No ano em que assinala 20 anos de existência há uma nova mudança no horizonte, que leva a tecnológica portuguesa especializada na implementação de soluções SAP para o universo dos franceses da Gfi.

O negócio foi anunciado no início de novembro e só ficará fechado em 2017, quando forem apurados os resultados anuis da ROFF, que se perspetivam em crescimento. Na nova organização vai acompanhar a estratégia de internacionalização da Gfi e dar-lhe suporte, porque já tem presença consolidada em vários mercados agora definidos pelos franceses como estratégicos nesse processo.   

Pelos 800 colaboradores da ROFF vai passar todo o negócio SAP do grupo Gfi e o desenvolvimento de competências noutras tecnologias, como Outsystems, uma área que a ROFF explora há vários anos mas que ainda não tinha espaço na Gfi, como explicou ao Ntech.news Francisco Febrero.

 

Ntech.news – Quais são hoje os mercados mais fortes na atividade da ROFF e como se reparte o volume de negócios da empresa entre mercado nacional/internacional?

Francisco Febrero – A ROFF é hoje uma empresa líder de mercado em Portugal na implementação de soluções SAP e, claramente, uma das maiores empresas nesta área de negócio em toda a Europa. O volume de negócios registado em 2015 ronda os 60,5 milhões de euros distribuídos praticamente de forma igual entre o mercado nacional e o mercado externo. Entre os principais mercados da ROFF, além de Portugal, estão a Suíça, Brasil, França e alguns países da África Francófona.

 Esperam chegar ao final do ano a crescer quanto face ao ano passado em VN e peso do negócio internacional?

O ano de 2016 foi um ano em que a ROFF manteve a trajetória de crescimento registada em 2015 e, por isso, os resultados no final deste ano deverão rondar os 60/61 milhões de euros distribuídos de forma praticamente igual entre o mercado português e o mercado internacional.

No que se refere à estrutura de recursos humanos, a maioria dos colaboradores está dentro ou fora do país?

A maioria dos cerca de 850 colaboradores da ROFF está atualmente em Portugal, dispersos pelos nossos escritórios em Lisboa, Porto, Covilhã e nas instalações de alguns dos nossos clientes. No entanto, já contamos também com cerca de 80 consultores brasileiros nos nossos escritórios de São Paulo.

Continua a ser possível manter em Portugal o núcleo de inovação da ROFF com uma estrutura já tão abrangente?

Sempre afirmámos que a qualidade excecional dos recursos humanos portugueses tem sido um ingrediente chave na estratégia de crescimento da ROFF. No ano em que cumprimos 20 anos integrámos um dos mais sólidos e promissores grupo de TI da Europa – a Gfi Informatique e estamos confiantes de que esta decisão trará benefícios para os nossos clientes, colaboradores e acionistas. Estamos apostados em criar valor acrescentado para todos. No que diz respeito aos nossos colaboradores, tendo em conta que a ROFF centralizará as competências SAP do grupo Gfi Informatique, é expectável que surjam cada vez mais oportunidades de trabalho – quer em Portugal quer no estrangeiro.

A empresa é especialista em tecnologias SAP mas também tem competências noutras áreas, como a tecnologia Outsystems. Esta é uma área em crescimento? Até “onde” a querem levar?

A área de Outsystems é um negócio que temos em portfólio desde 2003 e embora não seja o nossocore temos larga experiência nesta tecnologia. Com a integração no grupo Gfi Informatique é natural que as ofertas das duas empresas sejam alinhadas de forma a acrescentar valor, quer para os clientes, quer para a companhia. Agora depende de nós liderar também nesta área de conhecimento que não estava presente no grupo até à integração da ROFF com a Gfi.

A integração no grupo Gfi poderá abrir portas a novas áreas de negócio na ROFF, novas competências ou ofertas cruzadas?

A Gfi Informatique é um dos líderes Regionais (Europa) em serviços de IT, com vendas em 2015 superiores a 900 milhões de euros e mais de 12.500 colaboradores. A Gfi aposta numa estratégia de crescimento em mercados onde a ROFF hoje em dia já está presente – África e América Latina. É por isso natural que sejam criadas sinergias, que sejam potencializadas oportunidades e que sejam alargadas as nossas competências nos mercados onde já operamos e onde pretendemos vir a operar. Pensamos que os próximos anos iremos ter crescimentos significativos especialmente em toda a América Latina.

A ROFF vai chamar a si todo o negócio SAP do grupo Gfi. Isso perspetiva um crescimento da estrutura da empresa no curto/médio prazo? Em que medida?

A ROFF passa a ser uma empresa do universo Gfi e, por isso, o nosso crescimento será feito de forma conjunta e alinhado com a estratégia do grupo. Temos três prioridades na nossa ação: estar onde estão os nossos clientes (atuais e futuros); apresentar uma equipa multidisciplinar e altamente especializada; entregar um serviço sólido na sua qualidade que gere ganhos de produtividade para os nossos clientes.

No que se refere à estratégia de internacionalização, as apostas do grupo francês são conhecidas. Estão em linha com as traçadas pela ROFF antes do negócio ou vão afinar a rota? 

A ROFF e a Gfi Informatique têm naturalmente estratégias alinhadas e ofertas convergentes.

A ROFF está entre as 100 melhores empresas para trabalhar. É esse um dos segredos do vosso sucesso, um ambiente favorável à retenção de talento e ao crescimento dos colaboradores? Que outros distinguiria?

 A captação, retenção e permanente formação dos nossos talentos são um dos ícones da nossa estratégia. E fazemo-lo porque acreditamos que a qualidade dos nossos recursos humanos é uma das fontes do nosso sucesso. Para além da forte cultura organizacional, destacaria ainda a qualidade da entrega ao cliente que nos distingue da concorrência e tem permitidomanter um elevado e consistente crescimento da confiança que os nossos clientes depositam em nós.

 


Publicado em:

Na Primeira Pessoa

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