Rússia cada vez mais isolada. Tecnológicas viram as costas ao país de Putin

A guerra na Ucrânia continua sem tréguas e cada vez mais tecnológicas juntam-se à lista de empresas que decidiram usar o seu próprio negócio para reprovar a invasão russa, ordenada por Vladimir Putin. Na área dos pagamentos, e depois de sete bancos russos terem sido impedidos de usar o sistema de transferências internacionais Swift, Visa, Mastercard e Paypal decidiram nos últimos dias suspender os serviços no país, uma medida a que se juntou já também a American Express. A decisão da American Express também se estende à Bielorussia.
A decisão da Visa tinha sido conhecida no sábado, com a empresa a explicar que está a trabalhar com “clientes e parceiros na Rússia para interromper todas as transações nos próximos dias”. A decisão implica que os cartões emitidos por bancos russos ou estrangeiros associados a estes sistemas de pagamentos deixam de funcionar.
Para minimizar o impacto da medida, o Banco Central russo assegura que os cartões Visa e Mastercard de bancos locais vão continuar a funcionar no território russo, já fora dele, não há forma de travar a decisão das gigantes dos pagamentos.
Na última semana várias outras empresas tinham já decidido bloquear serviços na Rússia, fechado lojas e deixado de vender produtos. Na sexta-feira foi a vez da Microsoft, que deixou de vender novos produtos e serviços no país e limitou o funcionamento de outros aspetos da operação, como referia um comunicado. Isto significa que, quem usar software da marca não perderá o acesso, já quem quiser comprar novo, ou renovar um produto fica impedido de o fazer.
Dias antes, SAP e Oracle já tinham tomado uma decisão idêntica, na sequência de um apelo do Governo ucraniano, ao qual a Oracle respondeu com uma declaração indicando que ia suspender todas as atividades na Rússia e a SAP indicou que ia deixar de fazer novas vendas.
Amazon e Apple fazem parte da mesma lista, tal como Intel, IBM, AMD ou TSMC. A gigante asiática de processadores anunciou também que vai deixar de trabalhar com todos os seus parceiros russos. Mas a lista não termina aqui é bem mais extensa e além de incluir fabricantes de soluções TI e serviços de pagamentos com uma elevada quota de mercado no país, estende-se a um leque cada vez maior de serviços digitais para consumidores como a Netflix, Spotify, ou TikTok.
Entre as primeiras empresas a lançarem sanções à Rússia esteve a Google, que logo nos primeiros dias de conflito decidiu bloquear o negócio da publicidade online a empresas e organizações russas e qualquer forma de monetizar conteúdos. Através de plataformas do grupo, como o YouTube, tem sido levado a cabo outro tipo de ações, como o fecho de canais e o bloqueio de conteúdos conotados como propaganda russa, decisões que a Meta, dona do Facebook, também tomou.
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