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SAP alinha quatro pilares chave na transformação digital

Publicado em 25 Outubro 2016 | 1415 Visualizações

A plataforma de computação in-memory da SAP assume lugar de destaque na estratégia da companhia para apoiar as empresas na transformação digital, um desafio com quatro grandes pilares detalhados no evento anual da empresa. Em Portugal 100 clientes já usam a tecnologia.

O número foi avançado por Carlos Lacerda, diretor-geral da SAP em Portugal, na abertura da edição de 2016 do SAP Innovation Forum, que decorreu no Centro de Congressos do Estoril. Em todo o mundo, a empresa soma entretanto 4.100 clientes na nova versão do SAP Business Suite, conhecida como SAP S/4 Hana, que representa a maior e mais profunda atualização à linha de soluções empresariais da fabricante.

Lançada há cerca de um ano, a suite foi desenvolvida a partir da tecnologia in-memory Hana, que muitas empresas já usavam como ferramenta analítica de elevado desempenho, mas que aos poucos tem saído do universo mais restrito das bases de dados, para se transformar na raiz de uma oferta renovada, que a fabricante alemã afirma completamente ajustada às necessidades das empresas que se preparam para a transformação digital, ou digitalização, como a SAP prefere chamar-lhe.

Durante a apresentação, o responsável explicou como se tem a SAP preparado para ajudar as empresas neste processo e alinhou quatro pilares fundamentais nesta mudança, que também alicerçam a oferta de soluções da fabricante: gestão da força de trabalho; experiência dos consumidores; IoT/Big Data; redes e fornecedores. Na arquitetura de soluções SAP, hoje todos se ligam ao núcleo digital que alimenta os quatro pilares e que é o S/4 Hana.

No que se refere à gestão da força de trabalho, Carlos Lacerda destacou as previsões que até 2030 dão como certo o desaparecimento de mais de 2 biliões de empregos devido a evoluções tecnológicas. Áreas que impliquem a condução de veículos, ou as tarefas de helpdesk nas empresas estão entre as ameaçadas. «A natureza do emprego está a mudar e está a mudar rapidamente», sublinhou o responsável.

Outros indícios da mesma tendência, como confirma um estudo encomendado pela fabricante, revelam que 82% dos gestores estão a contratar de forma diferente (mais contratos temporários) e que 73% dos CEOs reconhecem que a falta de competências técnicas é um obstáculo ao crescimento das suas organizações.

O próprio cliente está a mudar e procura hoje uma experiência diferente. Mais de metade dos europeus (54%) já pagam com recurso a aplicações e 70% dos consumidores é hoje mais propenso a recomendar uma marca se a interação for fácil, sublinhou Carlos Lacerda.

No domínio dos fornecedores e das redes as mudanças também são evidentes e tendem a gerar alterações disruptivas. As projeções que indicam um crescimento de 30 vezes da economia partilhada, até 2030, são apontadas como um sinal evidente dessa evolução, que se faz também, cada vez mais, por via da Internet das Coisas (IoT na sigla em inglês) e do Big Data, o quarto pilar da digitalização/transformação digital, na análise da SAP.

E também aqui a transformação já começou, com 74% das empresas em indústrias chave a desenvolverem, já hoje, produtos inteligentes ou o crescimento exponencial, a cada ano, do número de dispositivos conectados. Em 2020 conta-se que o número atinja os 200 biliões.

A SAP tem reposicionado a oferta para chegar a estas quatro áreas e esse objetivo está concretizado. Desde a evolução do próprio ERP, às soluções focadas em áreas específicas como a SuccessFactors (gestão de capital humano), passando pela aquisição de plataformas que consolidaram a presença da empresa em áreas onde praticamente não tinha presença, como a do comércio eletrónico. Destaque neste domínio para a plataforma B2B Ariba, que atualmente soma um valor anual de transações superior ao de gigantes como o Alibaba, Amazon e eBay em conjunto.

A SAP soma 300 mil clientes em todo o mundo e 28 centros de desenvolvimento, um dos quais em Portugal, onde a empresa tem atualmente 300 colaboradores. A nível global, 76% das transações passam por soluções SAP. Em Portugal acontece o mesmo com 80% do Produto Interno Bruto do país.

A cloud tem sido uma das grandes apostas da fabricante alemã nos últimos anos, que resultou na diversificação dos modelos de utilização da generalidade das suas soluções (on premise, serviço ou híbrido) e os resultados já são expressivos. Em 2015 a empresa alcançou receitas de subscrição e suporte cloud na ordem dos 2 biliões de euros.


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