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Sete tendências que vão marcar o desenvolvimento de software em 2022

Publicado em 12 Janeiro 2022 | 447 Visualizações

A OutSystems identificou sete tendências que, segundo a empresa, vão marcar o panorama tecnológico do desenvolvimento de software em 2022. A tecnológica portuguesa acredita que em 2022 uma das apostas das empresas vai para a adoção de plataformas de desenvolvimento que aumentem a produtividade do programador. A disputa e escassez de talento vão obrigar as empresas a acelerarem a inovação e apostarem mais em tecnologias que permitam extrair o melhor das suas equipas de desenvolvimento, fazendo-as perder menos tempo com aspetos menos diferenciadores. A adoção de tecnologias que permitam lidar com tarefas críticas mas indiferenciadas de desenvolvimento, mantendo-as livres do trabalho de manutenção desnecessário e de dívida técnica, vai ser uma prioridade em 2022.

A empresa acredita ainda que, no ano que agora começa, os programadores vão exigir uma experiência de segurança mais simples e de confiança. Recorda-se que os programadores estão sob uma pressão crescente para criarem programas livres de vulnerabilidades, sobretudo depois de um ano marcado por vários ataques de ransomware high profile e que essa pressão elevada pode atrasar consideravelmente o processo de desenvolvimento e inibir a capacidade de escreverem programas criativos e inovadores. 

«Como resultado, os programadores irão exigir ferramentas de desenvolvimento de confiança, ​​para serem constantemente protegidas contra vulnerabilidades e plataformas de desenvolvimento que forneçam segurança projetada dentro do stack de tecnologia de aplicações e se adaptem à medida que os negócios e as tecnologias evoluem», prevê a OutSystems.

A procura por DevSecOps deve, por outro lado, aumentar a adoção de plataformas de desenvolvimento de aplicações, uma tendência também relacionada com as preocupações das empresas com a segurança e o cumprimento de requisitos regulatórios. «Os CISOs e CIOs estão gradualmente a preferir criar novas experiências digitais baseadas em plataformas que fazem sistematicamente a gestão de todos os estágios de desenvolvimento e entrega de aplicações para cada nova aplicação». Esta é apontada como uma via alternativa a ficar dependente da natureza não sistemática de diferentes equipas, com diferentes níveis de maturidade de desenvolvimento de software seguro.

Maior utilização de DesignOps e Observabilidade para aplicações bastante adotadas é outra tendência alinhada pela OutSystems para 2022. O unicórnio português recorda que este será o primeiro ano em que os orçamentos TI «refletem uma mentalidade do trabalho híbrido, na medida em que a experiência do colaborador e do parceiro se tornaram tão críticas quanto a experiência do cliente para utilização aprofundada das aplicações criadas para ganhar agilidade de negócios». Nesta linha, a empresa acredita que novas ferramentas vão permitir uma integração mais profunda entre design thinking e desenvolvimento front end, potenciadas por novos manuais de DesignOps para aumentar a adoção. «Combinado com a nova capacidade de observação do comportamento do utilizador final e com apoio em padrões abertos como a Open Telemetry, mais equipas de produto digitais irão procurar níveis de adoção do utilizador que eram historicamente difíceis de alcançar», antecipa-se.

Gerir equipas de desenvolvimento distribuídas é outra tendência de 2022 e também um desafio, que pede plataformas modernas. Com cada vez mais equipas a trabalharem em ambientes distribuídos, as empresas têm de reinventar processos do onboard à formação, passando pela monitorização, audição da qualidade ou desempenho das equipas e dos indivíduos. 

A monitorização de perto de todo o ciclo de vida de desenvolvimento do software terá de passar por plataformas de desenvolvimento de aplicações modernas, com «conjuntos de ferramentas de desenvolvimento compartimentalizadas, muitas vezes com base em ferramentas de código aberto desconectadas que carecem de uma abordagem de gestão holística».

A OutSystems acredita ainda que este ano será aprofundada a utilização da arquitetura cloud-native para sistemas empresariais personalizados. Sublinha que a expansão do SaaS sem critério «não está apenas a roubar os orçamentos de negócios originais, mas também a tornar-se numa outra forma de dívida técnica: um obstáculo na integração necessária entre centenas de sistemas».

Para recuperar a agilidade dos negócios, baseada em sistemas empresariais adequados, vai ser necessário um novo tipo de desenvolvimento de aplicação cloud-native, altamente distribuído, escalável e que permita a criação de aplicações empresariais personalizadas e resilientes.

Finalmente, a OutSystems destaca a importância crescente das iniciativas de Diversidade, Igualdade e Inclusão e o alinhamento que se impõe fazer destas metas com as estratégias de recrutamento das empresas. 


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