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Sites móveis portugueses são demasiado lentos a carregar

Publicado em 3 Outubro 2017 por Ntech.news | 1652 Visualizações

Seguir um link no smartphone ou escrever o endereço de um site no navegador móvel e aceder à página na totalidade demora mais tempo em Portugal que noutros países da Europa. Os sites ainda não estão bem optimizados para os dispositivos móveis e a culpa é daquilo que lhes traz dinheiro – os anúncios.

De acordo com os dados de um estudo da Google, que analisou o tempo de carregamento de anúncios, os sites móveis demoram 10,2 segundos a carregar em Portugal. Este valor é uma média e varia conforme o sector – por exemplo, os sites de entretenimento e comunicação social têm melhores desempenhos (7,5 segundos), enquanto as páginas do governo e educação são piores (12,8 segundos).

«Os resultados deste estudo deverão ser olhados com atenção», refere Frederico Costa, diretor de agências da Google Portugal. Atendendo que quase um em cada três compras online decorrem hoje no mobile. Referindo um outro estudo da Google com a Soasta Research, referente aos hábitos de compra online, este responsável admite que é «fácil ver que existem imensos motivos para melhorar a velocidade do mobile e imensas oportunidades para aproveitar e capitalizar». .

A média portuguesa é superior à média europeia, que fica nos 9,124 segundos. São todos maus, no entanto, visto que as melhores práticas recomendam não mais de três segundos. O tempo de carregamento de anúncios foi analisado em páginas principais de 17 países europeus e de 11 indústrias diferentes. Apesar de mais de 50% do tráfego ser móvel, os negócios europeus não estão prontos para esta realidade. O melhor tempo médio foi encontrado na Alemanha, com 8,1 segundos.

Porque é que isto interessa? Mais de 50% das visitas são abortadas se o site demorar mais de três segundos a carregar, de acordo com uma pesquisa anterior da Google. E se for até aos cinco segundos, a probabilidade vai para os 90%. Estes dados são, obviamente, globais e não adaptados à realidade portuguesa – de outra forma, ninguém usava navegadores nos smartphones para entrar em sites.

O que é interessante é que, na lista de segmentos com melhores e piores desempenhos em Portugal, o retalho está quase em último (10,8 segundos), seguido do sector automóvel (12 segundos).

A Google tem uma ferramenta que permite às empresas verificarem a velocidade de carregamento das suas páginas, disponível aqui.


Publicado em:

Mobilidade

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