Software intelligence domina Perform Europe 2018

Com o objectivo de responder às necessidades dos seus clientes, a Dynatrace, fabricante de software APM (application performance management) anunciou a sua intenção de passar de uma estratégia pura de gestão de aplicações para uma outra de software intelligence pensado à escala.
Esta mudança vai ainda ao encontro de uma necessidade de rapidez ao nível da inovação digital e foi anunciada na abertura do Perform Europe 2018, o evento europeu da Dynatrace que reuniu em Barcelona os principais clientes e parceiros da marca. De acordo com John Van Siclen, CEO da Dynatrace «todos nós sabemos que a transformação digital está a levar a que todas as organizações se transformem também numa espécie de empresas de software».
A Dynatrace promete agora criar uma plataforma suportada em conceitos como a velocidade, a agilidade e a escala que deverá «crescer com as empresas à medida que estas vão passando pela própria transformação digital», disse ainda John Van Siclen.
A cloud reuniu também consensos e gerou discussão, num encontro aproveitado pela empresa para lançar novas capacidades à sua oferta, como o conceito Management Zones.
«Não é apenas a transformação digital suportada na nuvem, mas toda a forma como ela se relaciona connosco; na verdade, a nuvem veio mudar tudo porque todo o conceito de monitorização que usámos no passado, não tem capacidade de dar resposta cabal ao dinamismo da nuvem ou de lidar com os novos modelos de aplicações», recordou ainda o CEO da Dynatrace.
Mas antes de apresentar em detalhe a sua nova oferta, a tecnológica revelou um estudo onde se analisam as necessidades de acelerar a inovação sem aumentar o risco de falha. A pesquisa, que integra cerca de 800 CIOs, adianta que a pressão dos concorrentes e também dos clientes leva as empresas a terem de «inovar mais rapidamente» lançando-se, em média, «três novas atualizações de software a cada hora de trabalho». No entanto, 89% dos CIOs sublinham a necessidade de «estas atualizações terem de ocorrer a um ritmo ainda mais elevado no futuro», segundo se lê no estudo.
Outros números revelam que 73% dos CIOs acreditam que «essa necessidade insaciável de velocidade na inovação digital está a colocar em risco a experiência do cliente», enquanto 64% admitiram que «são forçados a fazer concessões entre ter uma inovação mais rápida e eficaz ou uma melhor experiência do cliente».
Por seu lado, o mesmo trabalho dá conta que 78% dos CIOs acreditam que «a sua organização sofreu atrasos nos projetos de TI que poderiam ter sido evitados se estas pudessem colaborar mais facilmente». Nesse sentido, 68% das organizações que responderam asseguram ter já implementado ou estarem a explorar «o DevOps para melhorar a colaboração e impulsionar a inovação tornando-a claramente mais rápida». No entanto, 74% dos CIOs ouvidos asseguram que «os esforços de DevOps acabam por ser minados pela ausência de dados e ferramentas com capacidade de efectiva partilha entre equipas».
Management Zones chega ao mercado
A pensar nisso mesmo, a Dynatrace aproveitou o seu evento europeu para acrescentar novas capacidades à sua oferta no âmbito da colaboração multi-equipas. O serviço Management Zones vai permitir enfrentar os desafios impostos pelo software multi-cloud, permitindo o acesso seguro a microserviços e a containers de software.
Recorde-se que a plataforma de software intelligence da Dynatrace tem a capacidade de recolher dados de forma dinâmica relacionados com o desempenho em ambientes multi-cloud também eles dinâmicos, para que as organizações possam garantir que cada utilizador tem, efectivamente, acesso a todas as informações necessárias no sentido de melhorar a sua produtividade sem comprometer a respectiva segurança da informação.
Ao adicionar os serviços Management Zones, a Dynatrace passa a permitir o acesso automático às informações de cada ambiente de trabalho, a partir da camada de orquestração e fornece acesso aos dados, com base em chaves de permissão dinâmicas e integradas, independentemente da nuvem utilizada. Seja AWS, Microsoft Azure, Kubernetes, Cloud Foundry, Google Cloud Platform, OpenShift, SAP Cloud Platform ou VMWare, a Dynatrace permite agora que as organizações vejam e compreendam todo o seu conjunto de dados.
De acordo com Michael Allen, EMEA VP & CTO, Dynatrace, «este tipo de capacidade é, hoje em dia, fundamental». Na realidade, todas as empresas contam diversos tipos de software, e em ambiente multi-cloud tudo se torna mais complexo. O Management Zones oferece às equipas de operações «uma maneira de superar essa complexidade e de se concentrarem apenas nos insights mais relevantes para a sua função» e para o trabalho que estão a desenvolver.
A oferta Management Zones apresentada em Barcelona, está desde já disponível no mercado, sempre através da plataforma de software intelligence da Dynatrace.
A tecnológica apresentou ainda a oferta Log Analytic que permite melhorar o desenvolvimento de DevOps e monitorização de infraestruturas, melhorando as capacidades de trabalho das respectivas equipas.
Dynatrace reforça aposta em Portugal
Liderada por Luís Porém, enquanto regional Business Head (RVP), da Dynatrace, mas com uma equipa de gestão própria, a companhia está apostada em reforçar a sua marca no mercado português. Em conversa com o Ntech.news, Luís Porém explicou que a empresa «vai reposicionar e procurar reforçar o seu negócio em Portugal», onde conta já com vários clientes. O RVP acredita que «há muito espaço para crescer» no nosso país e pretende afastar a nova marca da imagem ainda associada à Compuware.
As empresas portuguesas procuram «cada vez mais mais» a oferta da Dynatrace sendo que a empresa conta já vários clientes em Portugal, nomeadamente no setor financeiro.
*a jornalista viajou até Barcelona a convite da Dynatrace
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