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Software intelligence domina Perform Europe 2018

Publicado em 4 Junho 2018 por Claudia Sargento | 1152 Visualizações

Com o objectivo de responder às necessidades dos seus clientes, a Dynatrace, fabricante de software APM (application performance management) anunciou a sua intenção de passar de uma estratégia pura de gestão de aplicações para uma outra de software intelligence pensado à escala.

Esta mudança vai ainda ao encontro de uma necessidade de rapidez ao nível da inovação digital e foi anunciada na abertura do Perform Europe 2018, o evento europeu da Dynatrace que reuniu em Barcelona os principais clientes e parceiros da marca. De acordo com John Van Siclen, CEO da Dynatrace «todos nós sabemos que a transformação digital está a levar a que todas as organizações se transformem também numa espécie de empresas de software».

A Dynatrace promete agora criar uma plataforma suportada em conceitos como a velocidade, a agilidade e a escala que deverá «crescer com as empresas à medida que estas vão passando pela própria transformação digital», disse ainda John Van Siclen.

A cloud reuniu também consensos e gerou discussão, num encontro aproveitado pela empresa para lançar novas capacidades à sua oferta, como o conceito Management Zones.

«Não é apenas a transformação digital suportada na nuvem, mas toda a forma como ela se relaciona connosco; na verdade, a nuvem veio mudar tudo porque todo o conceito de monitorização que usámos no passado, não tem capacidade de dar resposta cabal ao dinamismo da nuvem ou de lidar com os novos modelos de aplicações», recordou ainda o CEO da Dynatrace.

Mas antes de apresentar em detalhe a sua nova oferta, a tecnológica revelou um estudo onde se analisam as necessidades de acelerar a inovação sem aumentar o risco de falha. A pesquisa, que integra cerca de 800 CIOs, adianta que a pressão dos concorrentes e também dos clientes leva as empresas a terem de «inovar mais rapidamente» lançando-se, em média, «três novas atualizações de software a cada hora de trabalho». No entanto, 89% dos CIOs sublinham a necessidade de «estas atualizações terem de ocorrer a um ritmo ainda mais elevado no futuro», segundo se lê no estudo.

Outros números revelam que 73% dos CIOs acreditam que «essa necessidade insaciável de velocidade na inovação digital está a colocar em risco a experiência do cliente», enquanto 64% admitiram que «são forçados a fazer concessões entre ter uma inovação mais rápida e eficaz ou uma melhor experiência do cliente».

Por seu lado, o mesmo trabalho dá conta que 78% dos CIOs acreditam que «a sua organização sofreu atrasos nos projetos de TI que poderiam ter sido evitados se estas pudessem colaborar mais facilmente». Nesse sentido, 68% das organizações que responderam asseguram ter já implementado ou estarem a explorar «o DevOps para melhorar a colaboração e impulsionar a inovação tornando-a claramente mais rápida». No entanto, 74% dos CIOs ouvidos asseguram que «os esforços de DevOps acabam por ser minados pela ausência de dados e ferramentas com capacidade de efectiva partilha entre equipas».

Management Zones chega ao mercado

A pensar nisso mesmo, a Dynatrace aproveitou o seu evento europeu para acrescentar novas capacidades à sua oferta no âmbito da colaboração multi-equipas. O serviço Management Zones vai permitir enfrentar os desafios impostos pelo software multi-cloud, permitindo o acesso seguro a microserviços e a containers de software.

Recorde-se que a plataforma de software intelligence da Dynatrace tem a capacidade de recolher dados de forma dinâmica relacionados com o desempenho em ambientes multi-cloud também eles dinâmicos, para que as organizações possam garantir que cada utilizador tem, efectivamente, acesso a todas as informações necessárias no sentido de melhorar a sua produtividade sem comprometer a respectiva segurança da informação.

Ao adicionar os serviços Management Zones, a Dynatrace passa a permitir o acesso automático às informações de cada ambiente de trabalho, a partir da camada de orquestração e fornece acesso aos dados, com base em chaves de permissão dinâmicas e integradas, independentemente da nuvem utilizada. Seja AWS, Microsoft Azure, Kubernetes, Cloud Foundry, Google Cloud Platform, OpenShift, SAP Cloud Platform ou VMWare, a Dynatrace permite agora que as organizações vejam e compreendam todo o seu conjunto de dados.

De acordo com Michael Allen, EMEA VP & CTO, Dynatrace, «este tipo de capacidade é, hoje em dia, fundamental». Na realidade, todas as empresas contam diversos tipos de software, e em ambiente multi-cloud tudo se torna mais complexo. O Management Zones oferece às equipas de operações «uma maneira de superar essa complexidade e de se concentrarem apenas nos insights mais relevantes para a sua função» e para o trabalho que estão a desenvolver.

A oferta Management Zones apresentada em Barcelona, está desde já disponível no mercado, sempre através da plataforma de software intelligence da Dynatrace.

A tecnológica apresentou ainda a oferta Log Analytic que permite melhorar o desenvolvimento de DevOps e monitorização de infraestruturas, melhorando as capacidades de trabalho das respectivas equipas.

Dynatrace reforça aposta em Portugal

Liderada por Luís Porém, enquanto regional Business Head (RVP), da ‎Dynatrace, mas com uma equipa de gestão própria, a companhia está apostada em reforçar a sua marca no mercado português. Em conversa com o Ntech.news, Luís Porém explicou que a empresa «vai reposicionar e procurar reforçar o seu negócio em Portugal», onde conta já com vários clientes. O RVP acredita que «há muito espaço para crescer» no nosso país e pretende afastar a nova marca da imagem ainda associada à Compuware.

As empresas portuguesas procuram «cada vez mais mais» a oferta da Dynatrace sendo que a empresa conta já vários clientes em Portugal, nomeadamente no setor financeiro.

*a jornalista viajou até Barcelona a convite da Dynatrace

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Atualidade

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