Supercomputação com ADN europeu

Quando um computador reduz de anos para horas cálculos e simulações científicas altamente complexos, isso é inovação. É isso mesmo que a Atos está a processar com o seu novo BullSequana X2415, um supercomputador que promete um poder de computação sem precedentes e que estará disponível neste segundo trimestre de 2020.
A nova supermáquina da Europa tem um coração robusto assente numa unidade de processamento gráfico de última geração Ampere da NVIDIA e promete um poder de computação sem precedentes para responder aos exigentes desafios da Era exascale e aumentar o desempenho de aplicações para workloads de HPC e AI.
Octávio Oliveira, sales manager da Atos Portugal, acredita que o poder incluso neste supercomputador vai despertar a comunidade científica nacional e contribuir igualmente para o crescimento de Portugal em projetos de dimensão global. De acordo com este responsável, o programa EUROHPC (Projecto Hexascale e Petascale), desenvolvido pela Comunidade Europeia para o desenvolvimento do cluster hiper-computação europeu, permitirá às instituições responderem aos desafios de competitividade, excelência e autonomia ao nível dos programas em curso nos Estados Unidos, China, Japão, mas também cria o contexto perfeito para o avanço da hiper-computação na Europa. «As soluções da Atos estão a levantar o interesse de várias organizações, tanto publicas como privadas, tendo em conta que respondem às necessidades computacionais que exigem cálculos complexos na simulação, prototipagem e produção de produtos e soluções, como seja o caso de centros de investigação de universidades e institutos bem como de organizações publicas e privadas que daqueles cálculos necessitam para o desenvolvimento da sua atividade», destaca Octávio Oliveira.
Para a Atos a área de hiper-computação é estratégica, uma vez que é único fabricante europeu neste domínio. Este facto permite de acordo com o sales manager da Atos Portugal «um posicionamento de excelência a nível europeu e um reconhecimento a nível mundial».
Quanto a investimentos necessário para ter um supercomputador como o BullSequana X2415, Octávio Oliveira admite que não são impeditivos, até porque nesta área os investimentos «são na grande maioria dos casos apoiados por programas de investimento locais, ao nível governamental, e/ou apoiados pelo programa de híper-computação EUROHPC da Comunidade Europeia».
Para já, os projectos Human Brain Project da Comissão Europeia e o Climate Science e Molecular Systems dos Laboratórios Jülich, serão impulsionados por este catalisador de super processamento, que deverá fornecer um desempenho de pico computacional que ultrapassa os 70 Petaflops/s, tornando-o o supercomputador mais poderoso da Europa e um showcase para a arquitetura exascale Europeia
Tecnicamente falando
O novo blade integra uma NVIDIA HGX-A100 base-board equipada com quatro NVIDIA A100 GPUs, conectados via tecnologia NVIDIA NVLink de terceira geração, duas AMD EPYC CPUs e até quatro portas NVIDIA Mellanox InfiniBand conectadas através de uma configuração Dragonfly+. A arquitetura NVIDIA Ampere oferece uma enorme melhoria de desempenho em relação à geração anterior. A NVIDIA A100 Tensor Core GPU possui o maior processador de 7 nanômetros do mundo, com mais de 54 bilhões de transístores. Este conjunto de tecnologias, juntamente com o ecossistema da NVIDIA, com mais de 700 GPU-accelerated HPC e o suporte da NGC, permitirá aos investigadores beneficiarem de software otimizado para o desenvolvimento e implementação de projetos GPU-accelerated HPC e AI.
Especificações do X2415
1U form factor blade com 1 um nó de aceleração.
Arrefecimento líquido direto.
Por nó:
1 x placa CPU com
• 2 x AMD EPYC/Milan CPUs
• 16 x DDR4 32GB @3200MTs mínimo
1 x placa de GPU “HGX-A100” com 4 x NVIDIA A100 GPUs
2 x placas de Mezzanine de interconexão (BXI ou HDR200)
1 x M.2 SATA SSD opcional de até 1,92 TB ou 1 x M.2 NVMe SSD 960GB
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