Supercomputação europeia na linha da frente do combate à Covid-19
A União Europeia tem reforçado as verbas disponíveis para projetos de investigação que ajudem a encontrar respostas para a pandemia e muitas destas iniciativas suportam-se numa combinação de ciência e tecnologia. É o caso do Exscalate4Cov, que está a usar uma plataforma de supercomputação apoiada pela UE para acelerar a pesquisa de respostas para o tratamento da doença, em medicamentos já testados e usados noutras patologias.
O consórcio acaba de anunciar que alcançou resultados promissores nas pesquisas já realizadas com um medicamento genérico usado para tratar a osteoporose, que apontam para a eficácia do Raloxifeno também no tratamento de doentes com sintomas moderados de Covid-19.
O projeto, que tira partido de um financiamento europeu (Horizonte 2020) de três milhões de euros, tem-se centrado na análise do potencial impacto das moléculas conhecidas contra a estrutura genómica deste coronavírus.
Até à data, e graças ao poder da supercomputação, já testou 400 mil moléculas. Neste universo pré-selecionou sete mil moléculas para testes «in vitro». O Reloxifeno surgiu como opção a validar nesta fase, pela aparente capacidade de bloqueio aos mecanismos de replicação do vírus nas células.
O passo seguinte passa por estabelecer com a Agência Europeia de Medicamentos os procedimentos necessários para avançar para os ensaios clínicos e validar as conclusões iniciais.
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