Técnico avança com nova pós-gradução na área da cibersegurança
José Tribolet aproveitou a participação na primeira edição do CyberSec Congress para anunciar que o Instituto Superior Técnico tem vindo a preparar uma resposta à escassez de recursos qualificados na área da cibersegurança, que já está pronta e chega ao terreno no próximo mês de setembro, através de uma nova pós-graduação.
O modelo já foi testado no âmbito de uma parceria entre a escola de engenharia e a Deloitte, que permitiu formar 120 quadros da empresa. A partir de setembro, o IST lança o curso, com intenção de formar 380 alunos em oito edições de seis meses, revelou José Tribolet. Esta pós-graduação em cibersegurança é uma das três propostas do Técnico Leadership Graduate Academy, área que agrega os cursos de pós-graduação profissional avançados do Departamento de Engenharia Informática do IST.
Aí também cabe o SISE – Pós-graduação em Engenharia de Software e dos Sistemas de Informação Empresariais, que em fevereiro avançou para a 4ª edição e o Mastering Enterprise Engineering for Digital Transformation, para quadros profissionais já com experiência profissional. O primeiro com duração de seis meses e o segundo com duração de um ano.
Tribolet apresenta a oferta agregada no Técnico Leadership Graduate Academy como «três fábricas» prontas a criar «comandantes de tropa em combate» para reforçar a capacidade do país na área das TI, à espera de parcerias com empresas que pretendam formar aqui quadros e integrá-los ou reintegrar no mercado de trabalho.
O responsável sublinhou na abertura do CyberSec, evento que tem o Ntech.news como media partner, que «é impossível parar o uso da tecnologia e parar o seu mau uso», o desafio esta hoje na capacidade de controlar e responder a esse mau uso da tecnologia. O professor do Técnico e investigador sublinha que a primeira linha de abordagem às questões da segurança deve ser a capacidade de identificar assets a proteger e levanta dúvidas em relação à capacidade de muitas organizações para o fazerem. Levando o tema para a esfera do Estado, e admitindo que no público ou no privado a informação é um dos bens mais valiosos de uma organização, deixa no ar as mesmas dúvidas.
Na sua intervenção Tribolet também destacou alguns passos positivos já dados pelo país em matéria de cibersegurança, como a criação de uma Autoridade Nacional de Segurança, de um Centro Nacional de Cibersegurança, ou dos CERTs, Lamentou no entanto a falta de uma estrutura de governance, capaz de mobilizar as empresas e consertar ações e estratégias, quando há questões de relevância nacional para resolver. A falta de recursos na área das TI é um deles, defende. E lembrou que “continuará a haver espaço para competir, se continuar a haver país”.
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