Tecnologia GMV circula pelo Espaço
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Em torno da órbita da terra existem vários milhares de objectos, considerados lixo; com recurso à tecnologia GMV, no âmbito da robótica espacial, eles vão sendo retirados em segurança. Mas esta é apenas uma das muitas missões que compõem a maior área de negócio na GMV: a do Espaço.
Foi aqui que a empresa nasceu, corria o ano de 1984, dando assim corpo ao sonho do seu fundador Juan José Martínez García. Actualmente, a GMV é «o sexto grupo mundial na área do Espaço», conforme sublinhou Alberto Pedro, diretor-geral da GMV em Portugal. Mas com 160 milhões de euros de facturação e subsidiárias em 11 países, a multinacional actua também já em outros sectores da economia «como a defesa, a saúde ou as finanças», disse ainda o mesmo responsável.
Com um investimento anual em Investigação e Desenvolvimento que ronda os 10%, a GMV aposta também fortemente na sua expansão geográfica e na consolidação da equipa que «pretende fazer crescer».
No que ao Espaço diz respeito, Teresa Ferreira, directora da área no nosso país, explicou que a empresa trabalha actualmente no projecto Galileo, «na área dos sinais receptores e dos serviços de alta precisão». Mas outros são também os projectos que contam com o know-how GMV como é o caso «do Copernicus, onde lideramos os serviços de segurança» disse ainda Teresa Ferreira.
De resto, e integrado no negócio da GMV para o sector do Espaço, estão tarefas como o desenvolvimento de sistemas de planificação e controlo de missões espaciais, navegação por satélite, posicionamento de precisão, processamento e exploração de dados de observação da Terra e ainda software crítico associado ao ramo aeroespacial. A GMV é uma empresa especializada em formar «unidades de controlo telemático» contando actualmente «com cerca de dois milhões de viaturas com unidades próprias», referiu Teresa Ferreira.
O negócio desde Portugal faz-se com entidades como a Agência Espacial Europeia, a EMSA ou a EDA e conta com uma equipa de 100 elementos. «Os profissionais que trabalham o Espaço em Portugal são uma equipa totalmente multidisciplinar, integrando desde matemáticos a engenheiros ou especialistas em tecnologia».
Um dos portugueses que mais se tem destacado na GMV é João Lousada; a trabalhar actualmente a partir da filial de Munique, João Lousada é um dos actuais controladores da Estação Espacial Internacional. Mas o português tem vindo igualmente a fazer parte da equipa que lidera as experiências para uma futura viagem a Marte. Nesse sentido, João Lousada explica que «já vestiu o fato e simulou, no deserto, ambientes próximos dos que se podem viver naquele planeta». Nesta matéria, Lousada recorda que há factores particulares a ter em conta como «a temperatura do planeta e, por exemplo, o facto de uma missão a Marte demorar dois anos entre ida e volta». Outra questão já simulada durante a missão AMADEE-18 diz respeito às comunicações com Terra que apresentam um delay de 16 minutos no total, 8 minutos para chegar a mensagem e outros 8 para receber a resposta».
Questionado sobre se gostaria de fazer parte do primeiro grupo a pisar o solo de Marte, João Lousada não hesitou e assegurou «que sim, assim lhe permitissem ir».
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