Tecnológicas revêem salários anualmente, apostam em incentivos de curto prazo e planos de saúde

A maioria das empresas de Tecnologias de Informação e telecomunicações (67%) esperam crescer em 2022 e para acomodar esse crescimento pretendem aumentar as suas equipas.
O estudo Total Compensation – Sector TI e Telecomunicações, realizado pela Mercer, analisou as políticas salariais das empresas destes sectores e concluiu que a maioria faz revisões salariais todos os anos (67%) e que define essas atualizações a partir de um conjunto de critérios como o desempenho individual (90%), o nível da função (74%) ou o posicionamento face ao mercado (59%). A antiguidade é um dos fatores menos relevantes nesta equação (10%).
No domínio dos benefícios concedidos pelas empresas de TI e telecom, os mais comuns são a atribuição de plano de saúde (95%), automóvel (85%) e seguro de vida (69%), segundo o estudo que auscultou 68 entidades.
A pesquisa mostra também que cerca de 85% das organizações inquiridas atribuem incentivos de curto prazo e 31% atribuem incentivos de longo prazo. No que se refere aos incentivos de curto prazo, a remuneração variável/atribuição de bónus é uma prática de toda ou parte da estrutura das empresas inquiridas. Esta remuneração varia conforme o nível de responsabilidade da função, o desempenho individual do colaborador e os resultados da organização.
Os bónus a longo prazo são uma prática menos comum, ainda assim os mais frequentes são Performance Shares(37%), Restricted Shares (32%), Share Options (21%) e Long Term Cash (21%).
Entre as empresas inquiridas, 63% são multinacionais com sede na Alemanha, Estados Unidos e Países Baixos e um terço têm menos de 100 colaboradores. Sobre Portugal, Marta Dias Gonçalves, Rewards Leader da Mercer, admite que “com o mercado de recrutamento muito ativo, particularmente para as funções do segmento TI, as empresas estão cada vez mais focadas em manter-se competitivas e em conhecer as práticas de mercado».
A responsável acrescenta que, além das componentes tradicionais de compensação e de benefícios, as organizações que operam no país «procuram cada vez mais diferenciar-se e colocar outros fatores na equação», como a flexibilidade, bem-estar ou cultura.
Cerca de 60% dos colaboradores das empresas inquiridas neste estudo são homens e três quartos ocupam posições de topo nas organizações, enquanto 34% têm menos de 35 anos. A maioria (61%) tem, pelo menos, uma licenciatura.
Publicado em:
AtualidadePartilhe nas Redes Sociais