Universidade do Minho entra na rede IBM Q para computação quântica

A Universidade do Minho é a primeira entidade portuguesa a entrar na IBM Q Network, uma rede cujo objetivo é acelerar a evolução da computação quântica, através do consórcio QuantaLab. Como parceiro académico da rede da IBM, a universidade terá acesso aos sistemas IBM Q e abrirá essas ferramentas aos investigadores, professores e estudantes que integram o consórcio, do qual foi cofundadora em 2016.
O acordo assinado tem como foco a utilização de computadores quânticos para fazer simulações e testes nas áreas da Física da Matéria Condensada, Ciência dos Materiais, otimização de processos e da cibersegurança. O primeiro sistema comercial disponível da IBM é o de 20 qubit, seguido por um sistema de 50 qubit que está em desenvolvimento e será disponibilizado para a rede.
«O acesso ao sistema IBM Q coloca a Universidade do Minho na vanguarda do acesso a máquinas de computação quântica com forte impacto na formação de estudantes de graduação e de pós-graduação em Física, Engenharia Informática e Matemática e potencia a investigação avançada em sistemas quânticos, como seja a área dos materiais quânticos e de novos paradigmas de computação», nota Nuno Peres, professor e investigador da instituição académica.
O QuantaLab, fundado em parceria com o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), tem como outros membros o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e o Centro de Engenharia e Desenvolvimento (CEiiA).
A Universidade do Minho é a quinta universidade a integrar a rede, juntando-se à University of Oxford (Reino Unido), Keio University (Japão), University of Melbourne (Austrália), Oak Ridge National Laboratory e North Carolina State University (Estados Unidos). A IBM tem “Q Hubs” nestes locais, que funcionam como centros regionais de educação, investigação e desenvolvimento em computação quântica.
Lars Montelius, diretor-geral do INL, sublinha que o acordo entre o QuantaLab e a IBM tem relevância estratégica e será um reforço do ecossistema na região nortenha. Além das instituições académicas, a rede conta com grandes empresas, startups e laboratórios de investigação. A lista de membros inclui a Samsung, a JPMorgan Chase, a Daimler AG e a Java Specification Request.
«O papel da computação quântica na construção do futuro das TI requer um ecossistema forte, e isso começa com a academia», considera Noam Zakay, líder de ecossistema e desenvolvimento da IBM Q Network na Europa. «Estamos muito satisfeitos com esta parceria e em começar a trabalhar com a Universidade do Minho e o QuantaLab à medida que construímos uma grande rede de conhecimento em toda a Europa.»
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