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Universidade do Minho integra projeto europeu que pode mudar segurança no mundo IoT

Publicado em 4 Abril 2023 | 800 Visualizações

Universidade do Minho

Em todo o mundo existirão neste momento qualquer coisa como 25 mil milhões de dispositivos ligados à Internet, para uma população mundial de 7,62 mil milhões de pessoas. Feitas as contas, cada ser humano terá uma média de três dispositivos ligados à rede. É a era da Internet das Coisas (IoT – Internet of Things) e de um conjunto de novos desafios à cibersegurança, que uma equipa de investigadores da Universidade do Minho quer ajudar a resolver. 

O projeto Crosscon – Cross-platform Open Security Stack for Connected Devices é um financiado pelo Horizonte Europa em 4,6 milhões de euros e o Centro ALGORITMI, da Universidade do Minho, é um dos integrantes, podendo captar até 577,2 mil euros.

A IoT está hoje presente em soluções de domótica, em wearables, aplicações para smart cities, indústria 4.0, monitorização remota de serviços de saúde, e diferentes outras aplicações, trazendo consigo desafios ao nível da segurança dos dispositivos, mas também das redes às quais se ligam.

O projeto europeu Crosscon pretende mitigar os problemas de segurança atuais, associados à ligação à internet de dispositivos totalmente distintos entre si, numa heterogeneidade de configurações de hardware, que faz coexistir diferentes tecnologias e funcionalidades de segurança. 

Visa desenvolver uma solução de security stack (uma camada de segurança), que seja capaz de assegurar diferentes níveis de segurança aos dispositivos ligados, impedindo o acesso externo a informação sensível, permitindo ligação segura e controlada dos dispositivos, mecanismos de autenticação multi-fator e atualizações remotas autorizadas e seguras. O objetivo é que esta seja uma solução transversal a qualquer dispositivo existente, apta para suporte por diferentes arquiteturas de computador embebidas e respetivas soluções de software.

O Centro ALGORITMI vai liderar o pacote 3 do projeto, que arrancou em novembro do ano passado. «O grupo de sistemas embebidos (ESRG) tem um papel fundamental no desenvolvimento do projeto, nomeadamente no desenvolvimento de toda a componente de software da Crosscon security stack”, explica Sandro Pinto. 

Sandro Pinto é o investigador principal responsável da equipa do Minho, da qual fazem ainda parte Tiago Gomes, João Luís Monteiro e David Cerdeira.

O projeto é liderado pela Atos, em Espanha. O consórcio europeu envolve ainda cinco PME de Espanha, Hungria, Eslovénia, Polónia e Suíça e as universidades do Minho e de Darmstradt e Wurzburg (Alemanha). Tem uma duração prevista de 36 meses, mas a expectativa é que os resultados comecem a chegar ao mercado antes, à medida que forem sendo validados. 


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Projetos

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