Partilhe nas Redes Sociais

Venda do negócio de IMS vem reforçar aposta da Novabase na internacionalização

Publicado em 24 Outubro 2016 | 1841 Visualizações

A Novabase anunciou recentemente a venda do negócio de infraestruturas e serviços geridos. O Ntech.news falou com Luis Paulo Salvado, CEO da empresa, para perceber o timing do negócio e que mais-valias podem representar para a tecnológica portuguesa.

Com a venda da unidade de IMS (Infrastructures & Managed Services) a Novabase encaixa 38,4 milhões de euros e deixa de contar com uma atividade que nos primeiros seis meses do ano representava mais de um terço do volume de negócios da companhia.  Luis Paulo Salvado explica que a venda abre caminho ao reforço da aposta da Novabase na internacionalização, ao mesmo tempo que cria condições à unidade de negócio para continuar a crescer no seio de um grupo que lhe garante condições para isso.

Ao negócio de IMS estavam alocados 400 colaboradores. A unidade nasceu da aquisição pelo grupo, em 2003, da atividade da General Electric IT Capital Solutions em Portugal. Em 2015, a unidade gerou um volume de negócios de 104 milhões de euros, contra os 33 milhões de euros registados no ano em que chegou ao grupo.

O comprador da IMS é a Vinci Energies, detentora da marca Axians, que a Novabase considera bem posicionada para continuar a proporcionar boas oportunidades de negócio e desenvolvimento profissional à equipa que agora transita para o novo grupo.

O valor encaixado com o negócio pode ajudar a empresa a dinamizar a aposta na internacionalização e embora ainda não esteja definido como será usado pode contribuir para o  «reforço do investimento em soluções com elevado potencial de internacionalização, em I&D e em propriedade intelectual», admite Luís Paulo Salvado.

A Novabase fechou os primeiros seis meses do ano com lucros de 2,8 milhões de euros, a cair 20% face ao período homólogo. No mesmo período o volume de negócios recuou 6% para 105,7 milhões de euros, com a atividade internacional do grupo a pesar 46% nos resultados e a assumir um papel cada vez mais relevante. A Europa representou 57% deste universo.

 

 

Porque decidiram concretizar a venda do negócio de Infrastructures & Managed Services neste momento?

Luís Paulo Salvado – Esta operação permite-nos acelerar a internacionalização, com meios reforçados e é mais um passo no reposicionamento que temos vindo a fazer nos últimos anos.

Temos evoluído de uma estratégia de liderança geográfica com uma oferta ampla, para uma estratégia de liderança através de ofertas especializadas para o mercado global. Isto significa uma aposta nas soluções onde somos mais competitivos e com dimensão para construirmos um negócio com massa crítica internacional.

Para o negócio da IMS é uma porta que se abre para o mundo, com novos desafios, maiores oportunidades de negócio e de desenvolvimento da própria equipa. A integração na Vinci Energies, um dos maiores 250 grupos mundiais, dá-lhe, através da sua marca Axians, o posicionamento certo para continuar o nosso trabalho.

 

Quanto representava este negócio no universo Novabase?

Este negócio representou, no 1º semestre de 2016, 39% do nosso volume de negócios.

 

O capital que vão encaixar com o negócio será aplicado em que áreas? Quais são as prioridades?

Ainda não está definido em detalhe, mas a principal prioridade vai ser a aceleração da internacionalização. Isto poderá passar pelo reforço do investimento em soluções com elevado potencial de internacionalização, em I&D e em propriedade intelectual.

 

É sabido que a Novabase tem vindo a reposicionar o negócio para reforçar a sua aposta na internacionalização. A concretização deste negócio é mais um passo nesse sentido?

Sim, após esta operação, cerca de 60% do nosso negócio será internacional, a maioria na Europa.

 

Neste reposicionamento que a Novabase tem vindo a fazer, trocando a aposta numa oferta abrangente, por ofertas globais mais especializadas, há espaço para novas operações como a da venda do negócio de IMS?

De momento, não temos nenhuma operação deste tipo em curso.

 

Os mercados externos tradicionais da Novabase, a par com o mercado interno, nos últimos anos têm atravessado dificuldades económicas. Têm procurado alternativas, neste momento quais são as mais consolidadas?

Temos vindo a diversificar as geografias onde trabalhamos, de forma a não dependermos de nenhuma em particular. Atualmente temos projetos a decorrer em mais de 30 países, nos vários continentes. No último ano, a região onde a nossa atividade internacional mais se expandiu foi a Europa e acreditamos que esta tendência se irá manter.

 


Publicado em:

Na Primeira Pessoa

Partilhe nas Redes Sociais

Artigos Relacionados