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Vodafone alvo de ataque informático que não terá chegado a dados dos clientes 

Publicado em 8 Fevereiro 2022 | 1058 Visualizações

Algumas horas depois de reportar problemas técnicos, a Vodafone admitiu que foi alvo de um ataque informático «deliberado e malicioso com o objetivo de causar danos e perturbações». 

As primeiras falhas na rede da operadora começaram a ser reportadas ao início da noite de segunda-feira, 7 de fevereiro, com a empresa a reconhecer rapidamente os problemas e a indicar que estava a fazer os esforços necessários para os resolver. Na segunda-feira à noite ainda informou que já tinha começado a repor os serviços de voz móvel. 

Esta manhã a empresa revelou que tinha sido alvo de um ataque informático, que afetou sobretudo os serviços móveis, voz e dados, mas também tem impacto nos serviços de televisão. «Esta situação está a afetar a prestação de serviços baseados em redes de dados, nomeadamente rede 4G/5G, serviços fixos de voz, televisão, SMS e serviços de atendimento voz/digital», detalhava a nota de imprensa da operadora.

Esta manhã os serviços de voz móvel e os serviços de dados móveis já tinham sido recuperados em quase todo o país, mas apenas a partir da rede 3G e a empresa sublinhava que «a dimensão e gravidade do ato criminoso a que fomos sujeitos implica para todos os demais serviços um cuidadoso e prolongado trabalho de recuperação que envolve múltiplas equipas nacionais, internacionais e parceiros externos». A recuperação total dos serviços deve acontecer de forma progressiva e ao longo do dia. 

Na mesma nota, a operadora indicava que, até à data, não tem indicação de que dados de clientes tivessem ficado expostos ao ataque, mas também reconhecia que «a investigação aprofundada do ato criminoso a que fomos sujeitos se irá prolongar por tempo indeterminado e com o envolvimento das autoridades competentes». 

Os ciberataques a grandes empresas são um tema cada vez mais na ordem do dia, que desde o início do ano tem sido notícia por diversas vezes também em Portugal. Logo no início do ano, a Impresa foi vítima de um extenso ataque que deixou offline vários sites do grupo e destruiu grandes volumes de informação. Mais recentemente foram notícia alegados ataques ao site do Parlamento e nos últimos dias aos sites da Cofina, dona do Negócios, que não confirmou a razão para as suas plataformas terem ficado indisponíveis.  

Ao longo do dia soube-se que, na sequência do ataque à Vodafone, existiram constrangimentos na rede Multibanco, já que alguns dos ATM estão ligados à rede 3G da operadora. Ou que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) ficou sem conseguir disponibilizar informação em tempo real e teve de ativar um plano de contingência para conseguir manter a disponibilidade dos dados que fornece ou usar sistemas redundantes.

O INEM, que também usa serviços da Vodafone teve igualmente de ativar o plano de contingência, para ultrapassar a indisponibilidade de serviços e as corporações de bombeiros que usam a rede da Vodafone tiveram de recorrer ao SIRESP. 

A Polícia Judiciária deu já uma conferência de imprensa onde disse que estava a investigar o caso, em colaboração com parceiros internacionais, e onde também referia que os vários problemas com a disponibilidade de diferentes serviços estavam relacionados com este episódio e não com outros alvos ou ataques.

Nota de redação: Notícia atualizada com mais informação


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Atualidade

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