ANSOL quer convencer instituições públicas a aderir ao Fediverso 

O Fediverso é uma rede de várias aplicações independentes, onde estão apps como a recém-popularizada Mastodon, que comunicam entre si usando um protocolo comum e que assentam em plataformas independentes e descentralizadas, fora do controlo de grandes empresas. É para aí que a Associação Nacional do Software Livre acha que as instituições públicas portuguesas devem direcionar os seus esforços de comunicação digital, através de redes sociais. 

Estas são alternativas a plataformas como o Twitter, Facebook, YouTube ou Instagram, que permitem, defende a ANSOL, a «pessoas que queiram usar a internet de forma autodeterminada e privada» não ficarem excluídas dessas comunicações. Além do Mastodon, aponta-se o Pixelfed como alternativa ao Instagram ou o PeerTube, como alternativa ao YouTube. 

A associação defende que o uso de redes sociais pertencentes a grandes grupos, por instituições públicas, «serve indiretamente de publicidade a estas empresas e incentiva a sua utilização», por oposição às redes sociais descentralizadas e baseadas em software livre.

Alternativas como o Fediverso asseguram a opção de cada pessoa operar o seu próprio servidor ou juntar-se a servidores existentes e permitem «contribuir para uma rede de comunicação independente e soberana, livre da influência e controlo das megacorporações que gerem as redes sociais privadas. O público deixa de ser obrigado a ceder a sua informação pessoal a estas entidades para poder acompanhar as comunicações das instituições públicas».

Para sensibilizar os organismos públicos para esta questão e para estas alternativas, que já estarão a ser usadas por algumas entidades europeias, a ANSOL lança a campanha FediGov, através da qual se pede ao público para contactar as instituições públicas pedindo que divulguem as suas comunicações no Fediverso. 

No site da associação há um modelo de carta que quem quiser participar na campanha pode usar, ou inspirar-se para escrever a sua própria carta.

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