73% das startups já sofrem impacto da Covid-19 mas ainda não pensam em despedir

Os dados foram apurados num estudo da Aliados Consulting, em parceria com a FES Agency e revelam que 73,1% das startups em Portugal estão a sofrer um impacto negativo da Covid-19. Em 43,9% das empresas reporta-se uma diminuição nas vendas superior a 60% e quase metade das startups inquiridas (44,9%) acredita mesmo que pode vir a encerrar.
O inquérito realizado junto de empreendedores, CEOs e diretores de startups, com escritórios em Portugal, revela também que três quintos das empresas acreditam que a situação vai piorar, mas também revela que a maioria das startups não está ainda equacionar o corte de salários(70,5%) nem despedimentos (75,6%).
Há ainda uma pequena franja de empresas (6,4%), para as quais o surto de Covid-19 está a traduzir-se num aumento das vendas. São empresas que operam nas áreas da saúde e bem-estar e mais de metade estão envolvidas na criação de soluções para a pandemia.
O estudo O Ecossistema de Empreendedorismo Português e o COVID-19 também pediu aos gestores uma opinião sobre as medidas públicas mais relevantes para as empresas neste momento. Nas respostas apontou-se o layoff simplificado imediato e sem requisitos; critérios de acesso a financiamento alinhados com a situação específica das startups ou rondas de financiamento – bridge rounds – apoiadas pela Instituição Financeira de Desenvolvimento.
Foram ainda referidos incentivos fiscais e de outra natureza para Capitais de Risco e business angels, uma das principais fontes de financiamento das startups; aceleração dos pagamentos e reembolsos em projetos do Portugal2020; isenções fiscais e redução de impostos a curto e médio prazo.
No estudo, realizado entre 21 e 24 de março, participaram 78 empreendedores, CEOs e diretores de startups, com escritórios em Portugal.
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