Ataques DDoS crescem mais de 350% no primeiro semestre
Os ataques DDoS contra os recursos educativos «cresceram exponencialmente na primavera deste ano» quando comparados com o mesmo período do ano anterior. Segundo dados de um relatório da Kaspersky Labs, entre janeiro a junho de 2020, o número de ataques DDoS que afetam recursos educativos online «aumentou no mínimo 350% por mês, quando comparado com o mês homólogo em 2019».
Num ataque de negação de serviço (DoS), os hackers tentam sobrecarregar um servidor de rede com pedidos de serviços de modo a que o servidor falhe e negue o acesso aos utilizadores.
E, embora os ataques DoS envolvam apenas um computador, a Kaspersky percebeu que o que tipicamente ocorre é um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS). São ataques que envolvem uma “botnet” – uma série de computadores infetados que podem executar tarefas em simultâneo.
Este tipo de ataques podem durar «desde alguns dias a algumas semanas, causando perturbações nas operações das organizações» e, no caso de recursos educativos, podem mesmo «impedir os estudantes e os colaboradores de acederem a materiais críticos».
Durante o primeiro semestre deste ano, a Kaspersky refere que as redes tornaram-se o alvo preferido de ciberataques, «uma vez que cada vez mais as pessoas passaram a estar online, devido à pandemia». Nesse sentido, «a nível mundial, o número total de ataques DDoS aumentou 80%» nesse período. Por outro lado, «os ataques aos recursos educativos foram responsáveis por uma grande parte deste crescimento».
Mas ataques DDoS não foram as únicas ciberameaças enfrentadas por professores e estudantes. De janeiro a junho de 2020, «168.550 utilizadores únicos da Kaspersky encontraram um crescente número de diferentes ameaças disfarçadas de populares plataformas de aprendizagem online/aplicações de videoconferência». Entree estas, contam-se nomes como Moodle, Zoom, edX, Coursera, Google Meet, Google Classroom e Blackboard.
Os docentes também encontraram um número crescente de páginas de phishing e emails que exploravam estas mesmas plataformas, «pondo-as assim em risco de descarregar várias ameaças».
Conforme referiu Alexander Gutnikov, especialista em segurança da Kaspersky, «a aprendizagem à distância tornou-se uma necessidade para milhares de milhões de estudantes na primavera passada e muitas instituições foram forçadas a fazer a transição com pouca ou nenhuma preparação». Assim sendo, o consequente aumento da popularidade dos recursos educativos online, «associado a esta falta de preparação, tornou o setor educativo num alvo ideal para ciberataques», disse ainda o mesmo responsável.
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