Partilhe nas Redes Sociais

Ataques de phishing colocam utilizadores portugueses entre os mais vulneráveis

Publicado em 18 Agosto 2020 | 692 Visualizações

A mais recente investigação da Kaspersky sobre spam e phishing, relativa ao segundo trimestre de 2020, indica que Portugal é o segundo país com a maior percentagem de utilizadores atacados por phishers (13,51% do total de utilizadores).

O mesmo relatório revela ainda que foram detetados vários novos truques de phishing, desde e-mails de despedimento enviados em nome de departamentos de Recursos Humanos a ataques disfarçados de notificações de entrega.

O phishing é um dos ataques de engenharia social «mais antigos e flexíveis do cibercrime, utilizado de muitas formas e para diferentes fins, com o objetivo de atrair utilizadores menos precavidos para um determinado website, levando-os a fornecer informações pessoais a hackers mal intencionados», explica a Kaspersky.

Estas informações incluem credenciais financeiras, tais como palavras-passe de contas bancárias e detalhes de cartões de pagamento, bem como dados de login de contas nas redes sociais.

Nas mãos erradas, «estas informações abre portas a várias operações maliciosas» entre as quais se contam «roubo de dinheiro e o comprometimento de redes corporativas». É por tudo isto que o phishing é considerado «um método de infeção inicial muito popular».

Por outro lado, o phishing é um ataque eficaz porque é realizado em grande escala já que quando os cibercriminosos enviam e-mails em massa em nome de instituições legítimas ou promovem páginas falsas, «aumentam as hipóteses de conseguir roubar credenciais a utilizadores inocentes». Os primeiros seis meses de 2020 mostraram, contudo, «novas nuances neste tipo de ameaça», revela a Kaspersky.

De olho nas pequenas empresas

No segundo trimestre de 2020, cada vez mais phishers executaram ataques direcionados, centrando-se principalmente em pequenas empresas. De acordo com a análise da KAspersky, para chamar a atenção, os criminosos forjaram e-mails e websites de organizações «cujos produtos ou serviços pudessem ser adquiridos pelas potenciais vítimas». Em muitos casos, «os atacantes nem sequer tentaram fazer com que o website parecesse autêntico».

Estes ataques de phishing direcionados podem vir a ter «consequências graves» já que «se o hacker tiver acesso à caixa de e-mail de um colaborador, pode utilizá-la para pôr em marcha mais ataques contra a empresa que o emprega, elementos das suas equipas ou até mesmo clientes e fornecedores».

A pandemia COVID-19 serviu para uma série de “desculpas” para os cibercriminosos solicitarem informações pessoais aos utilizadores, através de mensagens disfarçadas:

  • Serviços de entrega. No auge da pandemia, as organizações responsáveis pela entrega de cartas e encomendas tiveram ainda mais urgência em notificar os destinatários de possíveis atrasos. Verificou-se que os hackers começaram a tirar partido deste tipo de e-mails, forjando-os e pedindo às vítimas que abrissem um ficheiro anexo para acederem ao endereço de um armazém onde fosse possível recolherem a sua encomenda que não havia sido entregue.
  • Serviços postais. Outro procedimento relativamente novo, utilizado pelos criminosos, foi planear um ataque de phishing através de uma mensagem que continha uma pequena imagem de uma fatura de um serviço postal. Com isto, esperavam que o utilizador descarregasse o anexo (que, embora tivesse “JPG” no nome, se tratava na verdade de um ficheiro executável) e decidisse abri-lo.
  • Serviços financeiros. Os ataques de phishing bancário detetados entre abril e junho de 2020 serviram-se frequentemente de e-mails que ofereciam vários benefícios e bónus aos clientes das instituições financeiras, numa alegada resposta aos efeitos da pandemia.
  • Serviços de Recursos Humanos. O emagrecimento da economia devido à pandemia causou em vários países uma onda de desemprego, sendo que os criminosos não perderam oportunidade de explorar este contexto.

Publicado em:

Atualidade

Partilhe nas Redes Sociais

Artigos Relacionados