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#BeCyberSmart – os amigos não deixam os amigos ser enganados

Alberto Rodas, Sales Engineer, Sophos Iberia

Publicado em 15 Outubro 2020 | 621 Visualizações

A cibersegurança é importante. De facto, já era importante vários anos antes de os cibercriminosos começarem a ganhar dinheiro com software malicioso – ou seja, antes de precisarmos de terminologia como phishing, botnets, cadeias de ataque, kits de exploits, spyware e ransomware.

Quando os vírus informáticos eram quase inteiramente sobre exibir-se a amigos imaginários, ou fazer uma piada destrutiva às custas de toda a gente numa sexta-feira 13, apagando os seus programas um por um… mesmo nessa altura, o cibercrime (como lhe chamamos agora, sem exceção) já não era nem engraçado nem inocente.

Depois, a partir dos anos de 2000/2001, os cibercriminosos descobriram não apenas como espalhar o caos com malware, mas também como ganhar dinheiro ilegalmente. Muito dinheiro. Muito e muito e muito dinheiro.

No início dos anos 2000, os impostores extorquiam quantias de 100 dólares de cada vez com popups para falsas instituições de caridade, às quais se enviava dinheiro para ajudar boas causas; no final da década já conseguiam números de cartões de pagamento e roubavam diretamente 1000 dólares ou mais de cada vez; e em 2020 fazem chantagem em larga escala, roubando ou codificando os dados das vítimas e levando-as a comprá-los de volta por 1 milhão de dólares de cada vez.

O pior de tudo? O cibercrime afeta-nos diretamente a todos. Não importa o quão pouco importantes nos possamos sentir na economia digital, ou o quão pouco pensamos ter para os atacantes roubarem – todos temos dados que valem alguma coisa, e há todo um submundo informático que enriquece à nossa custa, através do roubo de dados para vender a outra pessoa.

Em termos práticos: um ataque de cibersegurança a uma pessoa pode rapidamente transformar-se num problema de cibersegurança para muitas outras.

Como pode ajudar?

Para começar, uma boa forma é estar alerta para o Mês Europeu da Cibersegurança, que decorre precisamente em outubro. Esta efeméride já vai no seu 17º ano – começou nos EUA em 2004 – e há muitos cínicos que dizem, “Mas trata-se apenas dos mesmos velhos conselhos ‘reciclados’, todos os anos, por pessoas que não conseguem pensar em nada melhor para dizer!”

Nós discordamos: primeiro, porque os princípios básicos ainda são importantes; e depois, porque por mais básicos que sejam, enquanto sociedade ainda não os temos completamente assimilados.

Eis o que dissemos há sete anos atrás, quando festejámos o décimo ano deste projeto, e que queremos dizer novamente:

  • A cibersegurança importa porque existe uma teia imensa de cibercriminosos à espera de roubar dinheiro à nossa economia se lhes dermos a mínima oportunidade;
  • Assim sendo, vamos fazer um esforço para não lhes dar essa mínima oportunidade;
  • Olhemos para o Mês da Cibersegurança como um incentivo para mudar o nosso estilo de vida digital para melhor, numa perspetiva de longo prazo.

Claro, algumas das frases que ouvir este mês serão engraçadas mas básicas, como conselhos para “escolher as passwords adequadas”, encorajamento para “parar e pensar” antes de entrar em websites e preencher dados pessoais, e lembretes de que “em caso de dúvida, não partilhe nada.”

Mas mesmo que já faça todas estas coisas em todos os momentos – e os seus amigos? A sua família? Os seus colegas?

A sua atitude pode ajudá-los a melhorar a sua cibersegurança também, pelo que o nosso lema para o Mês Europeu da Cibersegurança 2020 é este: OS AMIGOS NÃO DEIXAM QUE OS AMIGOS SEJAM ENGANADOS.

Ou, nas palavras escolhidas para este ano nos EUA, “Do your part, #BeCyberSmart” – faça a sua parte, seja “ciberinteligente”! Porque um problema para um, é um problema para todos.


Publicado em:

Opinião

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