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Estudo Colt: Sustentabilidade e IA redefinem o papel dos fornecedores de infraestruturas digitais

Publicado em 25 Novembro 2024 por Ntech.News | 67 Visualizações

As decisões empresariais no setor de infraestruturas digitais estão cada vez mais moldadas pelas exigências de sustentabilidade e pelas oportunidades trazidas pela inteligência artificial (IA). É o que revela o Digital Infrastructure Report 2024, publicado pela Colt Technology Services, que analisou a perceção de 1.500 CIOs em mercados chave como Europa, América, Ásia e Médio Oriente. O estudo destaca uma mudança significativa no papel dos fornecedores de telecomunicações, agora encarados como aliados estratégicos para alcançar metas de sustentabilidade e inovação.

Segundo o estudo, 22% dos CIOs procura nos seus operadores de rede orientação sobre reutilização e reciclagem de hardware, uma necessidade particularmente relevante em mercados como o Luxemburgo, onde o número sobe para 38%. Além disso, 21% procura saber como a IA pode contribuir para atingir objetivos de sustentabilidade, enquanto 20% solicita apoio para cumprir metas do Scope 3, relacionadas com emissões indiretas na cadeia de valor.

A crescente exigência por soluções sustentáveis é reforçada por um dado expressivo: 69% dos inquiridos indica que relatórios de emissões de carbono são cruciais na escolha de um parceiro. Paralelamente, 68% considera as metas de redução de carbono baseadas na ciência determinantes, enquanto um terço (30%) prefere fornecedores que ajudem a reduzir o impacto ambiental das suas operações.

Valor ESG decisivo nos negócios

A importância de credenciais ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) também reflete uma mudança no comportamento dos compradores. Se os valores ESG de um fornecedor não corresponderem às expectativas, 62% das empresas tomaria medidas, como sugerir revisões nas metas, e 16% não hesitaria em romper a relação comercial.

Buddy Bayer, Chief Operating Officer da Colt, sublinha esta nova dinâmica: como indústria, trabalhamos arduamente para conhecer, medir e minimizar o nosso impacto no meio ambiente, não apenas porque é correto fazê-lo, mas também porque a alternativa é inimaginável. Se quisermos realmente fazer a diferença, temos de nos unir para partilhar as melhores práticas e conselhos, e devemos responsabilizar-nos mutuamente pelo nosso progresso nas matérias de ESG.”

Parceiros que fazem a diferença

Outro dado interessante do relatório é o impacto da IA e da tecnologia na eficiência energética e ambiental. 20% dos CIOs procura aconselhamento sobre otimização de cargas de trabalho para períodos de menor consumo energético, uma prática já popular em mercados como a Alemanha e Hong Kong. Além disso, 19% quere orientações sobre comunicação de emissões de carbono, com o Reino Unido e Hong Kong a liderarem a procura por este tipo de informação.

Além das questões ambientais, as empresas também estão a exigir avanços sociais dos seus fornecedores. 67% prioriza operadores com quadros de governação robustos e políticas inclusivas, e 66% valoriza serviços baseados em modelos de consumo flexíveis, como o “pay as you go”, essenciais para a redução de emissões e consumo energético.

Buddy Bayer reconhece que as empresas estão a apontar o caminho. «Agora cabe-nos, enquanto proprietários de infraestruturas digitais, responsáveis e sustentáveis responder a estes desafios. É uma oportunidade de negócio enorme», assume o responsável.


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