GMV aos comandos da missão HERA

A GMV anunciou que vai liderar o consórcio internacional encarregue de conceber a análise da missão HERA, responsável por desenvolver tecnologias de defesa planetária perante um possível impacto de asteroides sobre a Terra. No caso da GMV, o trabalho surge associado ao sistema de Guiamento, Navegação e Controlo (GNC) da missão, dirigida pela Agência Espacial Europeia (ESA) e coordenada pela OHB-System AG.

Com base na herança do projeto Asteroid Impact Mission (AIM), a HERA integra a primeira missão interplanetária a visitar Didymos, um sistema binário de asteroides. A missão tem como principal objetivo o desenvolvimento de tecnologias de defesa planetária. Para isso, a NASA enviará uma primeira nave chamada DART, que deve depois chocar com o asteroide secundário Didymoon, para determinar como se poderia desviar um asteroide no caso de este se encontrar em trajetória de colisão com a Terra.

O papel do HERA será o de caracterizar o sistema de asteroides após o impacto e obter dados que permitam desenvolver estratégias face a um possível impacto na Terra. Mas a defesa planetária não é o único objetivo da missão. O desenvolvimento científico e a investigação da origem do Sistema Solar são outros pilares essenciais do HERA.

«É fundamental que o setor espacial ponha ênfase nas missões aos asteroides, tanto para possibilitar a reação a possíveis impactos sobre o nosso planeta como para aprofundar o conhecimento científico do nosso universo e desenvolver tecnologias inovadoras para a proteção planetária», afirmou Mariella Graziano, diretora executiva do Segmento Espacial e Robótica da GMV.

Em Portugal, a GMV encarrega-se de conceber as trajetórias e minuciosas sequências de manobras necessárias para navegar até ao sistema de asteroides e junto dele. Aos especialistas portugueses juntam-se equipas do grupo GMV na Roména, Polónia e Espanha num total de 20 profissionais que durante 12 meses vão desenvolver a tecnologia necessária para dirigir a nave espacial.

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