Partilhe nas Redes Sociais

Não comunicar poderá afetar a reputação das empresas?

Publicado em 5 Junho 2020 por Ntech.news- Luísa Dâmaso | 955 Visualizações

Cerca de um terço (31%) dos inquiridos num novo estudo desenvolvido pela Arlington Research, que em Portugal contou com o parceiro Be Ideas, mostraram-se reticentes em relação às empresas/marcas que durante a pandemia não comunicaram convenientemente, admitindo que este “silêncio” pode indicar que algo não está bem e gerar dúvidas no mercado, nos clientes e nos próprios funcionários. No contexto recente gerado pela pandemia, muitos foram os que questionaram se a inexistência de notícias ou conteúdos partilhados poderia estar ligada a eventuais problemas financeiros ou de sustentabilidade dos negócios dessas empresas.

O estudo indica que sem uma estratégia de comunicação clara, as marcas e empresas correm o risco dos seus clientes e consumidores tirarem conclusões sobre a sua atividade e permanência no mercado. E ainda que essas conclusões não estejam certas, Sofia Alcobia, executive manager da Be Ideas, explica que se as equipas e os clientes não têm conhecimento de notícias «podem ficar relutantes em fazer a próxima encomenda ou negócio com medo que não consiga cumpri-lo. Da mesma forma, se queremos restaurar a esperança nas nossas economias, é imperativo manter os colaboradores atualizados sobre as novidades da empresa, mudanças e o futuro».

Os países onde há maior receio são o Japão (37%), EUA (35%), Reino Unido e Roménia (34%) e França, Bélgica e Espanha (todos com 33% de acordo). A geração Z é a faixa etária mais preocupada com a falta de comunicação (37%), com quase um quarto (24%) dos baby boomers preocupados.

«Não subestime o momento. Este é o tempo para manter a comunicação da sua empresa e marca»

E quando o próprio empregador não comunica? Muitos são os empregados que temem que não terão boas notícias sobre o futuro do seu emprego. De acordo com o estudo, este sentimento é mais frequente entre os homens (34%) e as pessoas que vivem nas cidades (35%).

Em relação aos temas, o estudo também procurou obter alguns indicadores sobre os tópicos que os consumidores mais procuraram. Quase metade de todos os inquiridos (47%) admite a sua preferência por notícias não relacionadas com a pandemia. Os consumidores de conteúdos também indicaram o que querem da comunicação das marcas. Mais de um terço (35%) dos entrevistados afirmou que, durante a quarentena, as marcas que os inspiraram e deram esperança serão provavelmente as que irão procurar no futuro. Paul Stallard, MD da Arlington Research, admite que a maioria dos entrevistados que participaram na pesquisa, 13.000 consumidores de 14 países em todo o mundo (500 portugueses), querem ser inspirados pelos conteúdos que lhes chegam. «Não subestime o momento. Este é o tempo para manter a comunicação da sua empresa e marca», recomenda o responsável.

Sabia que Portugal é o pais que aumentou mais o consumo de conteúdos no período da Pandemia?

46% dos inquiridos no estudo admitiram ter aumentado o consumo de conteúdos durante a pandemia, uma situação que se pode justificar com o facto das pessoas passarem mais tempo em casa e online. Observando os países que consumiram mais conteúdo, Portugal surge em destaque (57%), seguido pela Espanha (55%), Itália (51%) e EUA (50%) e Reino Unido (45%).


Publicado em:

Atualidade

Partilhe nas Redes Sociais

Artigos Relacionados