Retalho deve reforçar a cibersegurança

Com a chegada da Black Friday, Cyber Monday e o Natal, a Kyndryl apresenta algumas estratégias para ajudar os retalhistas a potenciar as suas vendas e a proteger os clientes de ciberataques. A tecnológica identificou quatro pilares fundamentais que as empresas podem erguer para assegurar uma experiência de compra robusta e personalizada: prolongar os períodos de venda, usar inteligência artificial (IA) para personalização, análise de dados e proteção contra ciberameaças.
Retalho no ritmo do q-commerce
O comércio rápido (q-commerce) tornou-se um fenómeno global, respondendo à crescente procura por rapidez e conveniência. A Kyndryl destaca que este segmento deverá crescer 9,8% até 2028, atingindo 800 milhões de consumidores. Contudo, este crescimento vem acompanhado de desafios. Segundo Ricardo Reis, client partner executive da Kyndryl em Portugal, os retalhistas enfrentam a pressão de oferecer experiências de compra sem descontinuidades, integrando os canais físicos e digitais, ao mesmo tempo que garantem segurança tecnológica. «As empresas precisam de mostrar robustez a nível tecnológico – de forma a garantirem que as suas operações estão preparadas para qualquer eventual ataque, não comprometendo as exigências dos seus clientes -, mas para que estes estejam seguros no momento da conversão», acrescenta o mesmo responsável.
IA é um aliado na cibersegurança
A personalização, habilitada pela IA, surge como um fator diferenciador. De acordo com a Kyndryl, esta tecnologia pode aumentar a fidelidade à marca, antecipar tendências de consumo, otimizar preços e personalizar campanhas de marketing. Além disso, a IA permite reforçar a cibersegurança, detetando comportamentos suspeitos em tempo real e ajudando a proteger tanto os sistemas como os dados dos clientes.
Neste contexto, a Kyndryl recomenda aos retalhistas que se tornem mais ciber-resilientes, devendo para isso adotar:
- Plano de recuperação de incidentes: Garantir backups regulares e protocolos de resposta imediata.
- Mecanismos de formação contínua dos colaboradores: Foco em ameaças como phishing e gestão de palavras-passe.
- Segmentação de redes: Limitar o impacto de um ataque em áreas críticas.
- Monitorização proativa: Detetar anomalias antes que se transformem em problemas graves.
- Atualizações regulares de sistemas: Reduzindo vulnerabilidades existentes.
«A ciber-resiliência surge como uma verdadeira vantagem competitiva num ambiente cada vez mais hostil, e as organizações que investem não só na prevenção, mas também na recuperação e adaptação às ameaças, serão as que perduram e prosperam num futuro digital dominado pela incerteza», reforça Ricardo Reis.
Estratégias para uma experiência de compra sem falhas
O Readiness Report 2024 da Kyndryl aponta que 7% dos incidentes de TI no retalho são resolvidos através da automatização, oferecendo uma vantagem crítica nesta época. Ferramentas como sistemas de inventário unificados e chatbots de IA contribuem para melhorar a conveniência e rapidez no atendimento ao cliente. Além disso, a monitorização de inventário em tempo real permite otimizar o stock e as entregas, garantindo uma experiência fluida para os consumidores.
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