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Um quarto das PME aceitariam usar software pirata para poupar custos 

Publicado em 10 Novembro 2022 | 387 Visualizações

cibersegurança

Nas empresas até 50 colaboradores só 8% se revelam disponíveis para usar software pirata, se isso representar uma poupança de custos, mas no patamar seguinte – o das organizações com 50 a 999 colaboradores – o interesse na opção aumenta consideravelmente.

Os dados foram apurados num estudo da Kaspersky, onde se revela que 24% das empresas desta dimensão estão prontas a utilizar alternativas pirateadas de software empresarial, para diminuir os gastos com Tecnologias da Informação. 

A Kaspersky sublinha a gravidade da descoberta, lembrando que esta «medida pode afetar seriamente a segurança cibernética das empresas, uma vez que os hackers distribuem ativamente ficheiros maliciosos sob o disfarce de software habitualmente utilizado» e dá números.

Em oito meses de análise, a Kaspersky Security Network registou em 9.685 o número total de utilizadores que encontraram malware e software indesejado, dissimulado com os produtos de software mais conhecidos para pequenas e médias empresas. A empresa também refere que, em média, 4.525 ficheiros maliciosos únicos ou potencialmente indesejáveis foram espalhados através de software não oficialmente distribuído (incluindo pirata) relacionado com PMEs. 

«Cópias piratas de software geralmente vêm com trojans e miners e não contêm as correções ou patches disponibilizados pelos criadores para colmatar vulnerabilidades que possam ser exploradas por cibercriminosos. As alternativas oficiais livres são opções muito melhores para aqueles que precisam de poupar dinheiro em TI», alerta Alexander Shlychkov, Product Marketing Lead da Kaspersky.

Nesta pesquisa, a Kaspersky analisa as táticas de gestão de crises dos líderes empresariais e como alguns desses passos podem afetar a resiliência das empresas. Verifica-se então que a procura de fornecedores de baixo custo ou a adoção de alternativas gratuitas de software, por norma, são mais populares (41% e 32% respetivamente). Ainda assim, 15% dos líderes inquiridos admitiram ter substituído o seu software por versões pirata, para poupar custos. 

Dos vários programas usados pelas empresas, o software de gestão de projetos, marketing e vendas são os mais vistos como substituíveis por versões pirata. 

A Kaspersky deixa algumas recomendações de segurança às empresas, que devem fornecer aos colaboradores contas padronizadas sem poderes de administração, para evitar instalações acidentais de software com possível malware.

A empresa de segurança lembra ainda que se o objetivo é poupar custos, usar as versões gratuitas de software legítimo é a melhor solução, mesmo que o produto tenha menos funcionalidades. Recomenda-se ainda uma vigilância permanente dos equipamentos e atenção aos sinais de lentidão excessiva ou aquecimento dos equipamentos, que pode indiciar a instalação camuflada de programas de mineração (para produzir moeda digital)  para usar a capacidade de computação disponível. Manter sempre o software atualizado e guardar cópias de segurança são outras recomendações listadas. 


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