Web Summit fixa-se em Portugal

É na zona do Beato que vai nascer o novo Hub Criativo da cidade de Lisboa. O conceito ainda está a ser desenhado, mas já se sabe que o espaço vai ser a casa da Web Summit em Lisboa, a primeira fora da Irlanda.
A empresa, que organiza um dos maiores eventos de empreendedorismo do mundo, divulgou a decisão esta quarta-feira e explicou que vai levar à contratação de mais recursos humanos em Portugal. Nos últimos meses, a Web Summit já tinha contratado várias pessoas em Portugal, uma consequência de Lisboa ser sido o local escolhido para o evento nos próximos três anos.
A decisão de fixar uma equipa local em Portugal vai implicar novas contratações e a organização até dá alguns exemplos de áreas onde já tem posições abertas. Uma das equipas a reforçar é a de Trusted Advisor’s «que faz parte da divisão de vendas e trabalha com parceiros globais como a Google, Facebook, Intercom, KPMG e centenas de outros através das suas conferências em todo o mundo», explica um comunicado.
O plano, para já, será contratar cerca de uma dúzia de novos colaboradores em Portugal, mas o número pode aumentar. Paddy Cosgrave, CEO da Web Summit, que além da conferência com o mesmo nome organiza vários outros eventos sobre inovação um pouco por todo o mundo, admite que a decisão de instalar a empresa em Portugal é um reconhecimento da existência de talento no país, sobretudo ao nível da engenharia.
O início de operações no novo Hub Criativo do Beato ainda não tem data marcada. O projeto junta a Câmara Municipal de Lisboa à Startup Lisboa e vai nascer num edifício da antiga Manutenção Militar, que a autarquia adquiriu ao Exército por 7 milhões de euros.
Em declarações ao Negocios.pt, o diretor executivo da Startup Lisboa, Miguel Fontes, explicou que a validação do conceito ainda está a ser feita e por isso nem todas as decisões estão tomadas sobre o tipo de espaço, o ambiente a criar ou as empresas que se quer atrair. A requalificação também está por fazer. Está prevista a criação de zonas para incubadoras, restauração, residências de artistas e serviços de apoio. O final deste ano já tinha sido apresentado como data prevista para a finalização do projeto que vai ditar a configuração do espaço, com 30 mil metros quadrados. A concretização da obra acontece nos próximos três anos, com parte dos custos a serem suportados pelas empresas que venham a ocupar o local e que, em troca, garantem acesso a rendas mais baixas. Estima-se que o novo Hub possa acolher até 3.000 pessoas a trabalhar em simultâneo no espaço.
Ainda assim, a apresentação oficial foi feita em junho e esta quarta-feira voltou a servir para acolher o evento onde foram revelados os nomes das 66 startups, que vão representar Portugal na próxima – a primeira em Portugal – edição da Web Summit, marcada para novembro.
Nas duas ocasiões, Fernando Medina aproveitou para sublinhar que o investimento da autarquia neste espaço enquadra-se na estratégia de revitalização da zona ocidental da cidade e num plano para focar Lisboa nas indústrias tecnológicas e criativas.
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