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«alcançámos um modelo que sabemos resultar para o nosso negócio»

Publicado em 19 Junho 2020 | 957 Visualizações

Numa altura em que assinala o seu vigésimo aniversário, a Blue Screen IT Solutions faz contas aos resultados de 2019, contabilizando um volume de negócios de 1,1 milhões de euros. O Ntech.news falou com Carlos Vaz de Oliveira e Frederico Faria de Oliveira, managing partners da empresa, que explicaram que 20% deste valor foi concretizado no mercado nacional, 80% no mercado internacional. O desenvolvimento à medida e os serviços continuam a ser os mais rentáveis, a representar 55% da facturação, com os projetos SaaS muito perto com 45% do rendimento. Para este ano, os dois responsáveis perspetivam a continuação da rota ascendente no crescimento e explicam como será concretizado por cá e além-fronteiras. Carlos Vaz de Oliveira e Frederico Faria de Oliveira, managing partners da empresa que nos explicaram os planos estratégicos para os próximos tempos.

Ntech.news – Que balanço fazem destes 20 anos?

Carlos Vaz de Oliveira – É fácil ter uma ideia do que duas décadas representam para uma empresa do sector tecnológico. No entanto, o balanço de 20 anos da Blue Screen vai além do desafio tecnológico, tendo a gestão representado um pilar fundamental à sustentabilidade do negócio. Com uma forte aposta no acompanhamento da evolução tecnológica, a Blue Screen viu-se confrontada com vários momentos críticos que assolaram as economias nacional e internacional, tendo aproveitado esses momentos para refletir sobre a estratégia adotada e adaptando a mesma com vista ao reforço a sua posição no mercado – medidas que se revelaram fundamentais à própria continuidade da empresa.

Quais os maiores desafios que assinalam?

C.O. – A Blue Screen é uma empresa que nasce do trabalho desenvolvido nos anos que antecederam o Y2K, um momento favorecido pela enorme procura de recursos qualificados na área tecnológica; cresce quando o mundo sofre a transformação imposta pelo 11 de Setembro; amadurece perante a crise do subprime em 2008; e consolida-se no período de crise financeira em Portugal de 2010-2014; atingindo o seu melhor resultado mesmo antes da pandemia COVID-19 e o que isso representa para a economia mundial. Ainda assim, tamanhas adversidades contribuíram, cada uma delas, para que a empresa saísse mais forte e mais bem preparada para aproveitar os momentos favoráveis subsequentes da melhor forma, crescendo e consolidando esse crescimento para enfrentar novos desafios.

Ao longo dos anos constatámos aquilo que as empresas procuram, focámo-nos naqueles pontos nos quais eramos mais fortes, e definimos a nossa estratégia tendo presente aquilo que queríamos fazer, como e para quem

Como é que uma equipa de 20 pessoas chega a 11 mercados externos? Que estratégia o permite?

C.O. – Muito pela via do ótimo ambiente proporcionado aos colaboradores, que se tornam cada vez mais comprometidos com os resultados. A estratégia que hoje nos permite alcançar esses resultados passa um conjunto de vários pontos como: 1) a seleção das pessoas certas; 2) a tecnologia low-code que utilizamos; 3) o modelo de negócio internacionalizado; e 4) as nossas soluções SaaS. São estes os fatores que nos permitem ir mais além, atender os clientes de forma mais flexível, ágil e totalmente eficaz, com um alto índice de fidelização – sendo que hoje, 20 anos depois, ainda contamos com atividade regular com aqueles que foram os nossos primeiros clientes.

Consideram-se um exemplo de gestão e visão estratégica a seguir?

Frederico Faria de Oliveira – Acreditamos que cada empresa deve identificar qual o modelo de gestão e a estratégia mais adequada ao seu sector, negócio e equipa. No nosso caso, com muita aprendizagem, planeamento, naturalmente também com as suas tentativas e erros, alcançámos um modelo que sabemos resultar para o nosso negócio. Ao longo dos anos constatámos aquilo que as empresas procuram, focámo-nos naqueles pontos nos quais eramos mais fortes, e definimos a nossa estratégia tendo presente aquilo que queríamos fazer, como e para quem.

Como se dividem os mais de 1 milhão de euros faturados em 2019, entre o negócio nacional e o internacional? E por área de negócio?

C.O. – 20% Faturação Nacional e 80% Faturação Internacional, sendo 45% respeitante às soluções SaaS e 55% referente ao desenvolvimento à medida e serviços.

Houve alguma área de negócio que se tenha destacado em 2019? E a que se deveu esse crescimento?

C.O. – Sim, a nossa solução LMS (Legal Management System) teve a sua terceira versão lançada em sequência de termos identificado novas necessidades nos mercados nacional e internacional, nomeadamente para os setores financeiro e legal.

Para 2020 preveem mais crescimento. De que ordem será esse crescimento? Esta pandemia não veio melindrar os objetivos?

F.O. – Este ano, inevitavelmente, será mais um marco de crescimento, pois juntaram-se à equipa durante o período de confinamento dois novos colaboradores e acreditamos que até o fim do ano ainda teremos mais elementos a juntar-se à equipa. O crescimento prevê-se também, que seja na carteira de clientes, exatamente porque, neste período da pandemia, muitas empresas estão com necessidades extremas em investir na transformação digital para continuar a ter resultados nos seus negócios e nós estamos preparados para ajudá-los.

a nossa experiência no mercado internacional facilita muito o desenvolvimento de soluções mais amplas e completas, adequadas às diversas necessidades

Prevê entrada em novos países europeus, apontando baterias também ao Canadá, já em 2021, e reforçando ainda a posição nos mercados da América Latina. Como será concretizada esta abordagem?

F.O. – Ainda estamos em análise estratégica para iniciar abordagens a estes novos mercados para arranque no primeiro trimestre de 2021. Quanto à América Latina, já iniciámos em março deste ano a atuação com um representante no México e, assim, poderemos expandir os negócios para os outros países da mesma língua também em 2021. Acreditamos que esta aposta na expansão comercial ao mercado Mexicano, venha a resultar em novos negócios ainda este ano.

Quais os destinos já assinalados nos países do leste europeu e Médio Oriente? E porque o interesse neles?

C.O. – São mercados apetecíveis que ainda não explorámos, mas que constituem um grande potencial e que aportam a necessária diversidade com vista à estabilidade e sustentabilidade da carteira de clientes da Blue Screen.

Como vê o mercado nacional nas áreas de financeira, logística e legal, atualmente? Que oportunidades identificam nestas áreas?

F.O. – São áreas que estão a olhar cada vez mais para a transformação digital e precisam de se adequar à nova realidade e demanda dos seus clientes finais. E é exatamente por isso que identificamos oportunidades nestas áreas, pois temos soluções específicas para atendê-las e trabalhamos continuadamente e em grade proximidade para fazer face às suas necessidades, entregando soluções cada vez mais completas e eficazes.

As oportunidades que existem aqui são as mesmas/semelhantes às que encontram lá fora nos mercados internacionais, ou diferentes?

C.O. – Em grande maioria as oportunidades são semelhantes, por isso conseguimos oferecer as mesmas soluções para mercados distintos. Claro que a nossa experiência no mercado internacional facilita muito o desenvolvimento de soluções mais amplas e completas, adequadas às diversas necessidades, o que também é possível devido à tecnologia que utilizamos, a qual facilita a customização das soluções para servir as especificidades de cada mercado.

Crescimento está em nosso ADN, mas vamos sempre com calma, pois o nosso foco é a melhoria contínua daquilo que já oferecermos atualmente

Estão previstas novas soluções/desenvolvimentos Blue Screen nestas áreas?

F.O. – De momento, pretendemos consolidar as atuais soluções para as áreas negócio em que atuamos, e o nosso objetivo é o aperfeiçoamento destas soluções para suprir cada vez mais e melhor as necessidades dos nossos atuais e futuros clientes.

Prevê alargar o negócio para lá delas e desbravar outras? A ser concretizável em que direções podem ir? Ou estas continuarão a ser o ponto fulcral do vosso negócio?

C.O. – Crescimento está em nosso ADN, mas vamos sempre com calma, pois o nosso foco é a melhoria contínua daquilo que já oferecermos atualmente, muito planeamento e os resultados são sempre consequência do bom trabalho.

Quais os planos para o crescimento da equipa até ao final do ano?

C.O. – Ao surgirem novas oportunidades e clientes, pretendemos reforçar a equipa para manter o nível de excelência dos nossos projetos e entregas.

Que áreas serão reforçadas?

C.O. – Tipicamente, a área de Delivery que depende tipicamente de recursos de desenvolvimento e qualidade.

Que perfis procuram?

C.O. – Pessoas com espírito inovador, que amam o que fazem, com disposição para aprender e ensinar, dispostas a crescerem junto com empresa para fazer parte da nossa família.


Publicado em:

Na Primeira Pessoa

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