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«As empresas portuguesas estão ávidas de tecnologia e a pandemia veio evidenciá-lo ainda mais»

Fernando Braz, Country leader da Salesforce em Portugal

Publicado em 30 Setembro 2020 por Cristina A. Ferreira - Ntech.news | 1146 Visualizações

A gigante do CRM Salesforce, passou a ter uma representação direta em Portugal. O escritório de Lisboa está em constituição e para já a estratégia orienta-se a objetivos comerciais, mas no futuro a operação portuguesa pode explorar outro tipo de oportunidades locais.

Fernando Braz é o homem do leme e falou com o Ntech.news para explicar os objetivos deste reforço do investimento da marca em Portugal. Adiantou que uma das grandes metas é alargar o leque de clientes Salesforce no país a uma mistura mais heterogénea de empresas. Na lista de clientes locais da multinacional há já várias referências de grandes empresas, mas a Salesforce quer também chegar às PME e Fernando Braz admite que as perspetivas de crescimento são animadoras.   

Ntech.News: Está a dirigir o novo escritório da Salesforce em Lisboa com a promessa de maior foco nesta operação local. Na prática, o que significa isto?

Fernando Braz: A Salesforce já tinha presença em Portugal, junto de inúmeras empresas, através de parceiros nossos que operam no mercado. Pelo enorme potencial do mercado europeu em geral e do português em particular, avançamos agora com uma presença mais próxima, herdando algum trabalho feito no passado, e arrancamos com dois grandes objetivos: o de consolidar a nossa presença junto de grandes empresas portuguesas, das quais algumas já são nossas clientes, como a Sonae MC, o Pestana Hotel Group ou o Grupo Brodheim; e o de expandir a nossa presença e focarmo-nos naquele que é o grosso do tecido empresarial português – as PME’s.

«O mercado europeu é o que mais cresce dentro do universo da Salesforce, sendo que no nosso último ano fiscal cresceu 47%»

Portugal, como outros mercados europeus, está identificado pela Salesforce como um mercado com elevado potencial de crescimento. Quais são as vossas projeções/expetativas a este nível e que dados concretos as sustentam?

F.B.: O mercado europeu é o que mais cresce dentro do universo da Salesforce, sendo que no nosso último ano fiscal cresceu 47%. O mercado português está em linha com este desenvolvimento e olhamos para as oportunidades de crescimento com grande otimismo. Até ao momento havia uma gestão do mercado nacional feita a partir de Espanha, mas agora, uma vez que a Salesforce quer reforçar o seu posicionamento e apostar mais no mercado europeu, Portugal ganha a sua independência. As empresas portuguesas estão ávidas de tecnologia e a pandemia causada pelo novo coronavírus veio evidenciar ainda mais essa necessidade, porque a transformação tecnológica deixou de ser um nice to have para ser essencial. Temos cada vez mais empresas a fazer o seu caminho e a utilizar as nossas ferramentas para potenciar as suas relações com os clientes e o seu crescimento.

Querem alargar o leque de empresas utilizadoras de soluções Salesforce em Portugal. Que presença já têm hoje junto das PME e o que pretendem fazer ganhar aí mais relevância?

F.B.: É característica da Salesforce ter uma presença muito heterogénea em todos os mercados onde estamos presentes. Quer isto dizer que temos uma tecnologia totalmente adaptável e flexível para que qualquer empresa, tenha ela cinco colaboradores e uma base de 100 clientes ou 50.000 colaboradores e milhões de clientes. Em Portugal queremos manter-nos fiéis a este nosso posicionamento porque qualquer empresa beneficia das ferramentas Salesforce. As PME têm é necessidades diferentes, pois os recursos são menores e as equipas também. Por outro lado, têm relações muito mais próximas dos seus clientes e a Salesforce ajuda a potenciar ao máximo essa relação, eliminando inclusivamente as tarefas mecânicas e repetitivas do dia a dia, para que as empresas possam estar focadas na personalização e na proximidade com os clientes.

A equipa local está a ser constituída. Até final do ano quantas pessoas terá e como deve crescer nos seguintes?

F.B.: A equipa crescerá sempre com a base de clientes e, neste momento, prevemos contratações pontuais e essencialmente para o departamento comercial.

«Neste momento estamos focados em criar a nossa equipa comercial e em fortalecer as bases da Salesforce no mercado português»

O plano para Portugal estará mais centrado no posicionamento comercial da empresa, ou existem outros objetivos?

F.B.: Queremos que Portugal mantenha os níveis de crescimento que temos vindo a verificar, em linha com a Europa, e é para isso mesmo que abrimos agora este escritório em Lisboa. Esta proximidade vai permitir-nos fortalecer a relação que temos com os nossos parceiros e, por outro lado, fortalecer a relação com clientes diretos.

Portugal tem sido escolhido por várias multinacionais para fixar centros de desenvolvimento ou suporte. Essa pode ser uma possibilidade também para a Salesforce?

F.B.: Neste momento estamos focados em criar a nossa equipa comercial e em fortalecer as bases da Salesforce no mercado português. Queremos ser o parceiro mais próximo das empresas e a ferramenta que está no top of mind de cada empresa quando pensa em crescer e em transformar-se digitalmente. Tudo o resto poderá vir como resultado deste nosso crescimento.


Publicado em:

Na Primeira Pessoa

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