Cense conquista Mastercard For Fintechs 2025
Quando uma regtech consegue transformar um dos pontos mais sensíveis da banca tradicional, a aceitação de capitais provenientes de criptoativos, num processo seguro, automatizado e fluido, o mercado quer saber mais. E foi precisamente isso que colocou a Cense no centro das atenções na segunda edição do Mastercard For Fintechs 2025, realizada nas Torres Glòries, em Barcelona.
A startup, com sede nos Países Baixos, sagrou-se grande vencedora deste programa da Mastercard que distingue as fintechs mais promissoras da Europa Ocidental, numa final que reuniu projetos oriundos da Bélgica, França, Itália, Espanha, Portugal e Países Baixos, perante líderes da indústria, representantes do ecossistema financeiro europeu e um júri composto por executivos da Mastercard e parceiros externos. A sua solução permite automatizar verificações, assegurar conformidade normativa e reduzir a fricção no processo de onboarding, acelerando a integração de clientes e reforçando a segurança operacional das instituições financeiras.
A fintech garantiu um pacote de prémios que inclui 100.000 euros em apoio de marketing, acesso exclusivo ao dia da seleção final do Mastercard Start Path e mentoria por especialistas e fundadores do ecossistema, reforçando a sua capacidade de expansão e consolidação no mercado europeu de regtech e compliance financeiro.
«Este prémio representa não só um impulso ao nosso projeto, mas também uma motivação para continuar a inovar e a acrescentar valor ao ecossistema fintech», afirmou Hugo Leijtens, Co-founder and Chief Strategy Officer na Cense.
Os projetos a concurso foram avaliados segundo critérios como experiência das equipas, grau de inovação, viabilidade económica e potencial de escalabilidade, refletindo a maturidade crescente do setor fintech e a exigência técnica imposta por um mercado cada vez mais regulado e competitivo.
Um programa em consolidação
A edição de 2025 registou uma adesão expressiva, com 244 fintechs candidatas, das quais 140 formalizaram a participação. Deste universo resultaram 100 candidatos identificados e 67 fintechs apuradas para fases subsequentes.
No total, 23 startups chegaram às semifinais, participando em eventos locais realizados em Madrid, Milão, Paris e Amesterdão, onde foram apresentados projetos que abrangem soluções de pagamento imobiliário, POS digital, educação financeira, energias renováveis, saúde digital, economia colaborativa, soluções para PME, programas de fidelização e Web3. Estes encontros reuniram mais de 400 profissionais de diferentes mercados, sublinhando o alcance europeu do programa.
A rede de colaboração também evoluiu de forma significativa. Nesta segunda edição, 68 empresas integraram-se como parceiras da iniciativa, mais 10 do que no ano anterior, reforçando a capacidade do programa para gerar sinergias e novas oportunidades de crescimento.
Assente em três pilares: Educação, Eventos e Competições, o Mastercard For Fintechs procura capacitar as startups para enfrentarem desafios estruturais, tirarem partido de novas oportunidades e acelerarem o seu posicionamento no ecossistema financeiro europeu.
«Na Mastercard, mantemo-nos empenhados em apoiar startups com recursos, formação e ligações estratégicas para ajudar a escalar as suas soluções», destacou Paloma Real, Presidente da Western Europe Division da Mastercard.
Diversidade do ecossistema fintech europeu
As seis fintechs finalistas colocaram em evidência a pluralidade de abordagens e de modelos de negócio que hoje caracterizam o setor:
Aria (França) apresentou soluções de financiamento e opções de pagamento via API para plataformas SaaS e marketplaces.
Auric (Bélgica & Luxemburgo) destacou-se pelos cartões de débito personalizados com integração de serviços financeiros e análises avançadas.
Cense (Países Baixos) afirmou-se pela sua proposta de regtech focada em compliance para fundos provenientes de criptoativos.
Paynest (Portugal) levou à final uma abordagem centrada no bem-estar financeiro dos colaboradores.
Silkpay (Espanha) simplificou pagamentos no setor imobiliário através da automatização da cobrança de rendas.
Subbyx (Itália) promoveu um modelo de economia circular baseado em subscrição de produtos tecnológicos.
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