Cilnet quer crescer 25% em 2019 e prepara novidades na área da segurança

Depois de um ano de crescimento recorde, a Cilnet definiu para 2019 uma meta de crescimento da rentabilidade na ordem dos 25%. Os serviços, nomeadamente os serviços geridos, mantêm-se no centro da estratégia da empresa, que em 2016 fez uma espécie de reboot ao negócio, para alinhar a operação com as necessidades do mercado.
A cibersegurança já figurava na lista de prioridades da Cilnet para 2018 e passou para este ano. João Martins admite que não tem sido fácil montar uma oferta com as caraterísticas ideais e que abarque todas as necessidades das empresas, mas a Cilnet tem em marcha uma nova abordagem para criar um SOC local com abrangência internacional.
“Não há um verdadeiro SOC em Portugal” defendeu o CEO num encontro com a imprensa. “É um investimento muito grande e para o qual Portugal não chega” acrescenta, referindo-se a todas as vertentes que um centro de operações de segurança tem de abranger e ao fluxo de negócio necessário para o tornar rentável.
Sem adiantar mais detalhes, João Martins garantiu que a Cilnet está a trabalhar para “ter algo em grande” e remete mais informação para os próximos meses, embora admita que os planos de internacionalização para mercados europeus, que a empresa tem vindo a estudar, possam concretizar-se por esta via.
EBITDA cresceu 33% em 2018
Em 2018, a Cilnet obteve um volume de negócios de 18,6 milhões de euros, valor que representa um crescimento de 16%. O EBITDA fixou-se nos 902 mil euros, a crescer 33%, e os resultados líquidos avançaram 25%, para os 269 mil euros. A nova área forte da empresa, os serviços, cresceram 22%, contribuindo para melhorar a rentabilidade da operação em 25%.
João Martins garante que a “estratégia transformacional” que a Cilnet tem vindo a consolidar nos últimos três anos – desde 2016 a empresa criou duas novas áreas de negócio para reforçar a aposta nos serviços, que entretanto se convertam em spin-offs – é uma aposta ganha, que melhorou a rentabilidade da companhia e trouxe estabilidade financeira.
Reter talento é uma prioridade
Em 2018 os recursos humanos também foram reforçados na Cilnet, com a equipa a crescer 23%, para um total de 97 pessoas. Oitenta e cinco estão na Cilnet e as restantes distribuídas pelos dois spin-offs. “A aposta nas pessoas é uma prioridade”, garantiu João Martins, adiantando que o grupo tem conseguido manter uma taxa de retenção de talento na ordem dos 93%, mas admitindo que a marca é cada vez mais difícil de manter, devido à forte procura de recursos em áreas onde os profissionais TI são cada vez mais escassos.
A Dxnet é o spin-off mais recente da Cilnet. Nasceu no início do ano e desenvolve software que serve a private cloud da empresa e apoia os parceiros Cisco no desenvolvimento de soluções sobre recursos Devnet. A Vxnet, criada em meados do ano passado, está focada no desenvolvimento de soluções na área da virtualização e da cloud. Nesta área a Cilnet está a trabalhar com a Citrix.
“Acreditamos que a multidisciplinaridade pode tirar foco e não queremos”, refere João Martins, para explicar a decisão de autonomizar estas duas áreas de negócio.
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