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Investimento no digital cresce acima da economia

Publicado em 8 Fevereiro 2024 por Ntech.News | 701 Visualizações

As organizações vão gastar mais dinheiro com a digitalização em 2024. Quem o afirma é a IDC que apresentou hoje, no evento IDC FutureScape – AI Trends Reshaping Digital Landscapes, em Lisboa, as suas previsões tecnológicas para este ano.

A IDC prevê que a despesa das empresas portuguesas com tecnologia digital cresça 7 vezes mais do que a economia. A última revisão do Banco de Portugal aponta que o crescimento económico irá ficar-se pelos 1,2%. De notar que o crescimento esperado para 2024 fica abaixo de 2021 e 2022, períodos em que o investimento em transformação digital (DX) se situou em 34% e 21%, respetivamente. Porém, já no ano passado, a IDC verificou que este crescimento desacelerou para 10%.

A Inteligência Artificial (IA), Cloud e Cibersegurança são as tecnologias que vão impulsionar os gastos digitais ao longo de 2024. No entanto, com a crescente proliferação da tecnologia de IA generativa, os executivos de TI já estão a repensar os gastos estratégicos, migrando da contenção de custos para o investimento em IA e inovação.

Em Portugal, a cadeia de abastecimento de TI enfrenta atualmente os impactos das políticas globais e da volatilidade. No entanto, com o aumento da IA generativa, as GPUs, semicondutores e tecnologias desenvolvidas em silício tornam-se vitais. Por isso, o fornecimento limitado e a volatilidade dos componentes-chave para esta tecnologia exigem estratégias de resiliência e de diversificação nas empresas portuguesas de TI.

“Apesar do contexto geopolítico e do abrandamento económico, o investimento em tecnologias digitais continua a superar em muito a performance da economia devido ao facto de ser uma das principais formas das empresas se manterem competitivas. Acresce o facto da indústria tecnológica se encontrar num momento de grande aceleração devido a rápida adoção da IA Generativa, que está a fazer com que a IA passe de um elemento de software “embrionário” para uma tecnologia de base no centro das organizações”, sublinha Gabriel Coimbra, Group Vice President e Country Manager da IDC Portugal.

Diretiva NIS 2

Outro dos temas que vão marcar as agendas nas empresas prende-se com definição de uma estratégia de ESG (governança ambiental, social e corporativa), que ajude a criar um propósito e a gerar valor para os negócios.

Esta responsabilidade crescente em Portugal pretende dar resposta aos consumidores portugueses que, hoje, estão mais preocupados com o comportamento sustentável e os produtos das empresas. Por isso, a ESG pode ser uma medida económica que ajude na estratégia de mitigação de riscos.

A transposição da Diretiva NIS 2 para a legislação nacional é mais um desafio para Portugal. Até 17 de outubro de 2024, Portugal tem de transpor a Diretiva NIS 2, que vai passar a abranger mais sectores. Agora passam a estar incluídos os sectores da saúde, gestão de resíduos, serviços postais e administração pública, juntamente com os setores já abrangidos, como energia, transporte e água.

A IDC prevê que esta alteração na legislação tenha um impacto para as pequenas e médias empresa (PMEs), uma vez que empresas com mais de 50 funcionários ou um volume de negócios anual superior a 10 milhões de euros estarão sujeitas à diretiva, mesmo que não sejam classificadas como infraestrutura crítica.

«A Diretiva NIS 2 será fundamental para garantir uma maior resiliência digital das organizações europeias, mas vai exigir um esforço significativo por parte das grandes e médias empresas, que terão de aumentar os seus investimentos em Segurança da Informação em mais 10 a 20», afirma Gabriel Coimbra.

Investimentos com futuro

A partir de 2024, a IDC prevê um crescimento de 15%, ao ano até 2027, nos gastos com tecnologia digital. «Atualmente, mais de 30% do negócio das organizações é proveniente de produtos, serviços e experiências digitais, e acreditamos que, em 2025, seja mais de 40%. Neste contexto, os temas relacionados com a Gestão de Risco e Segurança de Informação são cada vez mais relevantes», destaca Gabriel Coimbra.


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