Mais dinheiro para as startups ibéricas

O financiamento das empresas é um dos temas que tem vindo a preocupar a Comissão Europeia, que insta a uma menor dependência das organizações europeias face à banca, à semelhança do que acontece já na economia norte-americana.

Mas, para isso, são precisas novas fontes de capital, como são o caso do financiamento privado e entidades de venture capital. Ora foi exatamente para colmatar essa necessidade que Carlos Moedas, a cumprir os seus últimos dias enquanto Comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, marcou presença na Web Summit 2019 para a assinatura de um protocolo com um parceiro privado, a Faber Capital.

O Faber Tech II é um fundo de investimento que terá um montante global de 30 milhões de euros, dos quais 15 milhões a serem angariados pela venture capital portuguesa junto de diferentes investidores privados. O restante valor deverá chegar através do IFD e do Fundo Europeu de Investimento.

Carlos Moedas aproveitou a ocasião para convidar a Faber Capital a investir mais fora de Lisboa: «Há muitas oportunidades fora da capital e devem olhar para elas, ajudando a criar mais e melhor emprego em outras zonas do país. Têm a responsabilidade de o fazer.»

O (ainda) Comissário Europeu revelou igualmente confiança relativamente ao papel de Portugal no futuro da inovação na Europa.

Já o ministro da Economia e Transição Digital, Pedro Siza Viera, salientou os progressos feitos por Portugal, nos anos mais recentes, em matéria de acesso ao financiamento por parte das startups e empresas nas primeiras fases de desenvolvimento.

Recordou ainda que «as regiões norte e centro do país estão a inovar fortemente e contam já algumas das empresas mais inovadoras da Europa». Uma realidade comprovada pelos mais recentes indicadores europeus segundo os quais Portugal tem três regiões com bons índices de inovação: «Além de Lisboa, também a região Norte e Centro.»

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