Onde param os investimentos em 2017?
Nos últimos anos não foi só o perfil de investimentos que se alterou. Os setores que mais apostam na inovação dos seus processos de negócio e em ferramentas de suporte à transformação digital também se alteraram.
«Sentimos que as novas empresas emergentes e de média dimensão em setores como a indústria, o retalho especializado, o turismo, e o entretenimento têm vindo claramente a assumir a liderança na transição para o digital em Portugal, assistindo-se a uma abordagem mais gradual e ponderada por parte dos grandes grupos económicos», defende Alexandre Pinho, diretor da área de serviços da Microsoft Portugal.
Rui Serapicos, managing partner da CIONET Portugal, concorda que «os setores ou as áreas de atividade que são por natureza mais conservadoras e fortemente reguladas serão sempre aquelas com maior dificuldade em mudar, neste caso em investir em tecnologia», mas também sublinha que é difícil fazer generalizações.
Ainda assim, há mais quem arrisque em apontar setores com potencial para gerar maiores níveis de investimento em TI em 2017, lendo alguns sinais dados pelos grandes gigantes da indústria. Joana Peixoto, diretora comercial e de marketing da Opensoft, chama a atenção para o investimento recente da Google numa empresa de biotecnologia focada no desenvolvimento de dispositivos que podem ser implantados em humanos para tratar a diabetes ou outras doenças crónicas.
Nas mesmas entrelinhas, vê como relevante a forte aposta da mesma companhia – e de algumas dezenas de outras – na condução autónoma. Juntando todas as peças, acredita que a automação e a saúde serão dois dos grandes focos de investimento em tecnologia no ano que agora se iniciou. Ernest Quingles, CEO da Epson para França, Espanha e Portugal, também elege a saúde como um dos grandes protagonistas do investimento em TI este ano. O responsável coloca ainda em destaque o setor da educação.
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