Cloud, Edge e IoT: um trio que promete dar que falar este ano
As questões de confiança que durante anos deixaram investimentos na cloud (pública sobretudo) em banho-maria estão ultrapassadas e hoje há poucas dúvidas sobre as enormes vantagens do modelo em muitas situações. A cloud, por antigas e novas razões, é uma das grandes tendências TI para 2020, apontada pelos principais analistas e por vários responsáveis contactados pelo Ntech.news para o Especial que pode continuar a ler aqui. E os sinais que apontam nesse sentido são vários.
«Estamos a entrar numa era em que utilizar a cloud é um novo normal, muito fruto dos avanços da Internet móvel, da desmistificação de alguns preconceitos iniciais, relativamente à segurança e, principalmente, do custo de entrada que este tipo de soluções apresenta e que as torna muito atrativas para pequenos negócios», destaca Rogério Canhoto, chief business officer da PHC.
Mas além das razões que tradicionalmente mantêm a cloud em destaque, um conjunto de tendências mais recentes está a empurrar a nuvem de volta para a ribalta e promete influenciar uma nova geração de serviços e aplicações, altamente fiáveis e fortemente alinhados com o conceito «em tempo real».
«Estamos a entrar numa era em que utilizar a cloud é um novo normal, muito fruto dos avanços da Internet móvel, da desmistificação de alguns preconceitos iniciais, relativamente à segurança e, principalmente, do custo de entrada que este tipo de soluções apresenta e que as torna muito atrativas para pequenos negócios», Rogério Canhoto, chief business officer da PHC.
José Manuel Paraíso está entre os responsáveis que antecipa «uma aceleração na adopção da tecnologia em 2020» e identifica dois tipos de razões para que assim seja. «Por um lado, o investimento em ambientes de cloud híbrida multicloud, que permitem uma maior flexibilidade e eficiência, uma otimização de custos, aumento da produtividade e a capacidade de oferecer experiências únicas aos clientes, tendo em conta a escolha mais acertada de ofertas nas diferentes clouds públicas», destaca o presidente da IBM Portugal. «Por outro lado, a adopção do 5G, que traz consigo mais velocidade, maior largura de banda e baixa latência, permitindo o surgimento do próximo grande capítulo da cloud que é o Edge Computing».
Novos horizontes para a cloud
5G, Edge Computing, e também o IoT, estão a ser posicionados como os novos argumentos para recentrar atenções na cloud em 2020. O impulso que cada uma das tecnologias pode dar às restantes é destacado nas previsões de várias consultoras. Entre a nossa pool de especialistas, o tema também mereceu destaque, com António Ferreira a lembrar que «o IoT e o Edge Computing são dois conceitos ou tecnologias complementares à cloud e às redes de alta velocidade e ubíquas». Como também referiu o diretor-geral da Claranet para Portugal, Espanha e América Latina, evoluir na «digitalização da sociedade depende da evolução da cloud e redes (que constituem a espinha dorsal) e dos equipamentos e capacidade local de computação (que constituem o edge)».
«A digitalização da sociedade depende da evolução da cloud e redes (que constituem a espinha dorsal) e dos equipamentos e capacidade local de computação (que constituem o edge)», António Ferreira, diretor-geral da Claranet para Portugal, Espanha e América Latina
O IoT e o Edge Computing também estão entre as grandes tendências apontadas para este ano por Isabel Reis que, em relação à Internet das Coisas, acredita que 2020 será um ano de «mais desenvolvimento e afinação das tecnologias já existentes, proporcionando uma expansão de serviços a setores fora do universo de TI e chegando mesmo até ao consumidor final/pessoa individual».
Metade das infraestruturas TI em 2023 vão estar no Edge
Já a explosão que se prefigura do Edge Computing é destacada pela diretora-geral Enterprise da Dell Technologies em Portugal e Espanha pelo potencial para aumentar e acelerar a produção e partilha de dados, facilitando o processamento de grandes volumes de informação e a distribuição de recursos. «Quase podemos dizer que estamos a caminhar para a era dos dados instantâneos, da multicloud e de uma experiência de utilizador cada vez mais rápida, dinâmica e consistente», defende Isabel Reis.
Para a IDC, que também coloca o Edge Computing e o seu poder para levar capacidade de computação para as extremidades da rede distribuindo-a por vários pontos, entre as grandes tendências de 2020, este será o ano de viragem para a tecnologia, rumo a um papel cada vez mais importante nas infraestruturas das empresas.
Pelas contas da consultora, no ano passado menos de 10% das novas infraestruturas TI desenvolvidas pelas empresas estavam no Edge Computing. As restantes residiam em data centers. Até 2023 o equilíbrio passará a ser de 50/50 e até 2024 o número de aplicações no Edge Computing vai crescer 800%.
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