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Ifthenpay acelera metas para 2020 e ultima novas parcerias internacionais

Publicado em 1 Julho 2020 por Cristina A. Ferreira - Ntech.news | 771 Visualizações

À boleia da pandemia, o negócio da Ifthenpay acelerou o crescimento nos primeiros meses do ano. A empresa de Santa Maria da Feira, especialista na emissão e gestão de referências multibanco partilhadas para empresas, fechou 2019 com 14.500 clientes. Em 2020 queria chegar aos 16 mil, mas já ultrapassou a marca e serve neste momento 16.163 clientes

Neste universo estão lojas online – os clientes típicos do serviço – e uma nova vaga de clientes, que tradicionalmente operam fora dos circuitos digitais, mas que o confinamento obrigou a olharem para sistemas de pagamento alternativos.

Como explicou ao Ntech.News Filipe Moura, co-CEO e co-founder da fintech, muitas empresas que durante este período criaram ou reforçaram serviços de take-away, mesmo sem lojas online de suporte ao negócio, passaram a disponibilizar opções de pagamento eletrónico. 

O serviço da Ifthenpay permite aos lojistas disponibilizarem referências multibanco para o pagamento de compras, a opção mais popular, mas também suporta pagamentos com MBWay, alternativa que a empresa admite estar também em forte crescimento. Mais recentemente acrescentou uma terceira hipótese: Payshop. 

Serviço cresceu 100% em abril

Durante o estado de emergência não parou de angariar clientes e só em abril cresceu 100%, comparativamente ao mesmo mês de 2019, entre lojas online que integram a solução tecnológica e negócios que geram manualmente as referências para pagamento, uma opção para quem não vende online. 

Filipe Moura admite que a taxa de crescimento não se manteve nos meses seguintes, mas continua e acredita que a mudança de comportamentos dos consumidores veio para ficar, com os canais digitais a consolidarem-se como alternativa. A pensar nisso mesmo a empresa anunciou esta semana uma parceria com a E-Goi para agilizar os pagamentos com referências multibanco em lojas online e tem apostado em parcerias com fabricantes de software que criam soluções digitais para negócios tradicionais, como a app Menu Digital. 

Enquanto reforça o serviço que já tem, a Ifthenpay continua também de olho no alargamento das opções de pagamento que disponibiliza e na internacionalização. 

Próxima paragem: internacionalização 

A empresa está em fase final das negociações com um operador global para integrar métodos de pagamento internacionais, como cartões de crédito, e espera com isso, não só alargar a opções dos lojistas em Portugal, mas também poder cativar novos clientes fora do país. Continua também a trabalhar num projeto paralelo, que vai fazer nascer um método de pagamento próprio, para competir a nível global com plataformas como o PayPal e outras

Numa primeira fase o lançamento será europeu, mas está ainda condicionado à obtenção de um conjunto de autorizações, que divergem de país para país. «As empresas de países como a China ou os Estados Unidos tem um campo aberto para lançar novos serviços quando cumprem determinados requisitos, na União Europeia a legislação ainda é muito complexa» e heterogénea, lamenta Filipe Moura. 

UE: Legislação heterogénea trava inovação

O acesso às infraestruturas continua a ser difícil e o domínio dos bancos determinante, admite o responsável, acrescentando que as indecisões em relação ao pós-Brexit, no mercado financeiro mais evoluído da UE, também têm condicionado a definição da estratégia de lançamento do novo serviço, que a empresa prefere ainda não detalhar. 

A Ifthenpay falou publicamente neste tema pela primeira vez no início do ano passado, quando ainda tinha a expectativa de conseguir lançar o serviço nesse ano. Filipe Moura admite agora que as diferenças no enquadramento legal de cada país europeu se revelaram mais difíceis de ultrapassar que o previsto, mas garante que o projeto está a avançar e continua a admitir a associação a uma empresa de maior dimensão para chegar ao mercado.  

Em 2019, a Ifthenpay faturou 2,1 milhões de euros (um ano antes tinha faturado 1,78 milhões de euros) e o seu serviço fez movimentar 539 milhões de euros. Em 2020 já sabe que vai voltar a crescer e que o crescimento será superior ao previsto.


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Negócios

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