Microsoft Portugal nomeia André Azevedo como diretor de tecnologia

Um advogado com experiência no sector público é o novo diretor executivo de tecnologia da Microsoft Portugal. André Azevedo foi nomeado para o cargo com a responsabilidade de promover a  tecnologia como «fator de transformação das empresas e organizações nacionais», explica a empresa. O executivo, que entrou na Microsoft em 2012 como gestor comercial no Sector Público, será responsável pela coordenação do plano de capacitação tecnológica do ecossistema de startups e de centros de investigação com base em serviços na nuvem, e ainda a capacitação digital dos cidadãos e profissionais.

Um dos primeiros desafios que André Azevedo vai enfrentar é a entrada em vigor do novo Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), a 25 de maio, o que torna a sua nomeação para esta pasta mais relevante – dada a sua formação como advogado.

«Sabemos que os desafios de um mundo cada vez mais digital vão muito além da tecnologia, tendo impacto direto na vida e direitos dos cidadãos e obrigando a uma permanente adaptação e acompanhamento do quadro regulatório», refere o novo responsável. «Cada vez mais importa saber interpretar uma mensagem, ter a capacidade de a transmitir de forma clara e simples e agir em conformidade.» Azevedo acredita que a sua formação jurídica será um complemento importante à experiência que obteve tanto no sector público como na Microsoft, em termos de tecnologias e suporte ao negócio.

«Como NTO (National Technology Officer) assumo o compromisso de apoiar as empresas privadas e as instituições públicas em Portugal a estarem conformes com o novo regulamento europeu, sendo certo que a Microsoft enquanto empresa estará integralmente compliant com o RGPD antes de 25 de maio de 2018», garante o executivo.

Azevedo, que se licenciou em Direito pela Universidade Clássica de Lisboa, trabalhou como consultor jurídico em Macau desde os 23 anos, durante o periodo de transição da região para administração chinesa. Regressou a Portugal em 2005 e foi então assessor parlamentar das Comissões de Assuntos Constitucionais, Negócios Estrangeiros e de Ética.

Três anos depois, assumiu a posição de Chefe do Gabinete do Secretário de Estado da Saúde e ali ficou até 2011. Foi o seu primeiro contacto direto com sistemas de informação, um período em que André Azevedo compreendeu a sua importância crítica «para qualquer reforma do sistema de saúde em termos de transformação de cuidados assistenciais, indução de eficiência e sustentabilidade futura.»

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