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Especialistas de TI das empresas em Portugal são dos que estão menos preparados para o RGPD

Publicado em 3 Outubro 2017 por Ntech.news - Rui da Rocha Ferreira | 2320 Visualizações

Estudo RGPD

25 de maio de 2018. É uma das datas mais badaladas do próximo ano e é uma que tem pairado sobre as decisões dos gestores ligados à área das tecnologias da informação. É a partir desta data que todas as empresas europeias têm de cumprir as regras do novo Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGPD).

Um estudo da empresa de segurança Kaspersky revela que os especialistas de TI das empresas em Portugal são dos que estão menos preparados para o RGPD. Quando faltam menos de nove meses para o total cumprimento do novo regulamento, apenas 26% dos decisores de TI portugueses admitem ter as preparações para o novo regulamento ‘encaminhadas’.

O inquérito realizado coloca Portugal na antepenúltima posição, num total de 11 países, no que diz respeito à preparação para o RGPD. Abaixo de Portugal só os especialista de TI da Noruega, com 25%, e da Bélgica, com 18%, mostram estar pouco preparados para a nova regulação.

O cenário contrasta de forma significativa com os países que revelam estar mais preparados. Quatro em cada cinco inquiridos no Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha afirmaram que as preparações para o RGPD estão encaminhadas.

«A falta de conhecimento e atitude perante o RGPD demonstradas pelos profissionais de TI em toda a Europa é preocupante. Muitas empresas estão a colocar-se a si próprias e aos seus clientes em risco ao não adotarem medidas vitais neste momento na forma como a informação pessoal é recolhida e protegida», salientou em comunicado o diretor-geral da Kaspersky Lab Ibéria, Alfonso Ramirez.

«O prazo é o mesmo para todos os países, independentemente do seu tamanho, indústria ou localização, por isso as medidas devem ser tomadas agora para garantir que não existem lacunas nos procedimentos de gestão de dados antes da fúria das autoridades reguladoras tornar o RGPD num remédio amargo em vez de uma boa decisão para a segurança dos dados de uma organização», acrescentou.

Recorda-se que em caso de não cumprimento as coimas podem chegar aos 10 milhões de euros ou, em alternativa, a 2% do volume de negócios mundial da empresa. Já nos crimes mais graves, o valor da multa sobe para um máximo de 20 milhões de euros ou 4% do volume de negócios mundial da empresa.

O estudo da Kaspersky foi feito junto de mais de 2.000 decisores de TI em organizações com mais de 50 colaboradores, tendo sido realizado em 11 países europeus: Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha, Portugal, Bélgica, Holanda, Suécia, Dinamarca e Noruega.


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