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AON: Cibersegurança está entre as principais preocupações das empresas portuguesas

Publicado em 29 Novembro 2017 por Ntech.news - Rui da Rocha Ferreira | 2149 Visualizações

Cibersegurança

O volume, a sofisticação e os crescentes prejuízos dos ataques informáticos começam a ter impacto nas estratégias dos gestores em Portugal. Segundo um estudo da AON, empresa especializada em gestão de risco e mediação de seguros, a cibersegurança está pela primeira vez no top 10 das principais preocupações das empresas portuguesas.

A informação foi partilhada por uma das sócias da AON Portugal, Andreia Teixeira, em conferência de imprensa. «Cada vez mais os ataques saem do espectro digital para a vida real. (…) É muito barato hoje em dia perpetuar uma ataque informático», disse, sobre os perigos e o impacto que a segurança informática pode ter.

De dois em dois anos, a AON realiza um inquérito global aos seus clientes para perceber quais são as suas principais preocupações. Há vários anos que o risco reputacional tem estado no primeiro lugar da lista, mas este ano o destaque vai para o quinto lugar ocupado pela cibercriminalidade, quando analisadas as respostas a nível global.

Para perceber melhor a mudança de consciencialização que tem existido, a cibercriminalidade em 2007 estava apenas na 19ª posição e em 2009 estava na 25ª posição das principais preocupações das empresas e dos gestores. No não muito distante ano de 2013, este tópico ocupava a 18º posição. Só a partir daí é que a segurança informática passou a ser abordada como um tópico crítico. Nos EUA a cibersegurança já ocupa o primeiro lugar desta lista, segundo o estudo de 2017, enquanto na Europa é a sexta prioridade para as empresas.

“A cibersegurança agora é um tema do departamento de TI, de marketing, da unidade financeira e no final do dia também é um tema que diz respeito à administração», defendeu Andreia Teixeira.

Isto porque num outro estudo feito pela AON, em conjunto com o Instituto Ponemon, concluiu-se que 46% das empresas tiveram um incidente informático nos últimos dois anos e 65% estimam que o seu risco vai aumentar até 2019. E sempre que há um incidente informático, há custos relacionados com a investigação forense, há custos associados às notificações e gestão de crise, e pode ou não haver o pagamento de multas.

Todos estes factores ajudam a perceber por que razão a cibercriminalidade está cada vez mais na agenda dos decisores de negócio – ainda que a resposta prática mostre uma realidade muito distinta.

Táticas de engenharia social mais avançadas, aumento da pressão dos reguladores – provocada pelo RGPD e pela Diretiva NIS -, mais dispositivos vulneráveis a ataques por causa do crescimento da Internet das Coisas, ciberespionagem e ataques que procuram afetar a integridade dos dados são cinco das principais tendências identificadas pela AON na área da segurança informática para os próximos tempos.


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