Transformação digital depende da relação entre o CIO e o CFO
É uma conclusão, no mínimo, interessante. Um novo relatório da Forbes Insights conclui que o sucesso da transformação digital depende da colaboração entre o CIO (diretor de tecnologia) e o CFO (diretor financeiro). Muitas empresas ainda não conseguiram obter os benefícios do processo devido à dificuldade em minimizar os problemas que surgem entre estas duas figuras centrais para os negócios.
O estudo foi realizado em parceria com a Dell EMC e abrange 500 CEO, CIO, CFO e diretores operacionais de grandes empresas, além de entrevistas com profissionais de TI e de negócios. Uma das conclusões mais prementes é que 89% dos executivos seniores dizem existir barreiras significativas a uma colaboração estreita entre o CIO e o CFO. Alguns desses problemas são as ideias tradicionais quanto ao papel do CIO, obsoletas face ao momento que vivemos, e as estruturas de reporting desatualizadas.
Um dos objetivos do estudo é analisar quais são as melhores práticas de transformação digital que as empresas bem sucedidas desenvolveram para ultrapassar estas barreiras. Segundo Bruce Rogers, Chief Insights Officer da Forbes Media, o problema é que alguns diretores financeiros ainda olham para as TI como mais um centro de custos, o que dificulta a colaboração estratégica. «E os CIO precisam de aplicar as suas competências em processos de negócio centrais, como as cadeias de fornecimento», recomenda.
As empresas bem sucedidas, indica o relatório, são mais competitivas, obtêm retorno do investimento em menos de 12 meses e crescem de forma mais rápida: no ano passado, obtiveram ganhos em vendas e receitas de 7% ou superior. Este grupo demonstra uma ligação direta entre o sucesso empresarial e a maturidade de transformação, sendo que 68% dos líderes consideram a transformação de TI como uma prioridade estabelecida. Em muitos casos, é uma componente da estratégia geral da empresa.
«A transformação de TI está a mover-se rapidamente de um elemento diferenciador para uma estratégia não negociável em empresas que procuram reduzir o time to market e posicionar-se à frente da concorrência», comenta Gaurav Chand, vice-presidente de marketing na Dell EMC. «A dinâmica CIO/CFO tem uma influência significativa em qualquer negócio — e a colaboração entre estes papeis é chave para estabelecer uma relação entre os investimentos em TI e os resultados do negócio», sublinha. «As empresas que ainda não assumiram este compromisso com a transformação de TI precisam de o fazer quanto antes ou serão ultrapassadas.»
O relatório indica ainda as áreas que vão receber mais investimento no próximo ano: plataformas de big data (77%), serviços na nuvem (76%) e redes sociais (72%). A maioria (85%) dos executivos pretende reservar um quarto dos seus orçamentos para a transformação digital em 2018.
Os principais objetivos destes processos são a redução da despesa com TI (75%), conseguir ser o primeiro a comercializar novos produtos e serviços (73%) e a alocação de fundos para projetos de negócio estratégicos (67%).
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