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Andante vai ter alternativa móvel

Publicado em 3 Novembro 2016 | 1325 Visualizações

A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) está a coordenar um projeto que quer dar nova dinâmica aos bilhetes de transporte público tradicionais. O protocolo que junta a FEUP e os Transportes Intermodais do Porto (TIP) num projeto piloto que pode abrir portas à implementação de uma nova alternativa de pagamento em toda a rede de transportes da cidade. Mas antes que a experiência propriamente dita avance é preciso definir especificações ao nível do hardware e do software, escolher os equipamentos a instalar e os locais onde vão estar, tarefas que estão a cargo da FEUP. A concretização da solução final vai contar com o apoio de parceiros e da rede de empresas que integra os TIP, explica João Falcão e Cunha, diretor da FEUP.

Nesta fase, «a FEUP está a desenvolver o protótipo que vai funcionar numa parte muito restrita do sistema modal do Porto», a mesma que hoje é coberta pelo Andante, disse ao Ntech.news, João Falcão e Cunha,

A instituição vai aportar ao projeto o resultado de vários anos de investigação na área da bilhética para transportes públicos, aproveitando para introduzir algumas inovações em relação ao conceito em que já vinha trabalhando. Em versões anteriores do conceito, o sistema usava apenas a tecnologia de localização dos telemóveis, que não permitia resultados tão fiáveis quanto o desejado. Outra dúvida que o teste vai esclarecer é se o sistema tem capacidade para ler corretamente a localização do utilizador nos autocarros, que ao contrário do metro ou do comboio não funcionam numa linha própria.

O objetivo final é criar uma aplicação móvel que se assuma como uma alternativa aos bilhetes tradicionais e ao sistema intermodal Andante. A localização do telemóvel e os equipamentos instalados nas estações e nos próprios transportes públicos fornecerão os dados necessários para acompanhar todo o percurso do utilizador, mesmo que este mude de transporte. Pretende-se que o sistema também seja capaz de detetar sozinho o fim da viagem. No fim de cada mês, a informação que foi recolhida a partir das viagens feitas é relacionada e é apresentada a solução de pagamento mais vantajosa indicando, por exemplo, que o utilizador pagará menos se nesse mês escolher um passe intermodal, em vez de bilhetes individuais.

Está ainda previsto que o sistema aceite várias formas de pagamento, mas como explica João Falcão e Cunha ainda não estão definidas quais serão. Também já é certo que a aplicação terá versões para diversas plataformas móveis.

O teste vai começar…

O teste vai decorrer ao longo dos próximos nove meses, mas só daqui a algum tempo é que avançará a experiência no terreno, com um grupo restrito de utilizadores. Deverão testar a solução cerca de 100 pessoas, durante dois meses, em zonas limitadas da rede dos STCP, da CP, do Metro e de um operador privado.

Se os resultados do piloto forem positivos, a ideia é estender a alternativa a toda a rede de transportes da cidade. A hipótese de levar a tecnologia a outras cidades também não está posta de parte, embora o objetivo principal para já seja validar a solução para o Porto, admite João Falcão e Cunha. Do lado da FEUP estão envolvidas neste projeto sete pessoas.


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Projetos

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