Gartner aponta para a digitalização das cadeias de logística

As empresas de logística serão desafiadas a manter o equilíbrio entre a inovação e a excelência operacional nos próximos anos, refere a Gartner num novo relatório dedicado à digitalização deste sector. A consultora fala de cadeias de logística bimodais, capazes de melhorar práticas estabelecidas de forma rentável ao mesmo tempo que introduzem novas tecnologias e estratégias.
«Esperamos que várias novas tecnologias e estratégias aumentem a digitalização das organizações ao transformar a cadeia logística», afirma Noha Tohamy, analista da Gartner. «Na edição deste ano do relatório Hype Cycle, escolhemos várias tecnologias e estratégias que devem estar no radar dos líderes de cadeias logísticas, já que entrarão em maturidade durante os próximos cinco anos».
Segundo as previsões dos especialistas, há duas tecnologias que estão na fase de pico e vão entrar em uso massivo nos próximos dois a cinco anos: plataformas de aprendizagem social e cadeias logísticas centradas em soluções (SCSC). No primeiro caso, trata-se de plataformas que vão capitalizar no conhecimento dos empregados seniores em idade de reforma e torná-lo acessível aos trabalhadores mais jovens em diversas unidades de negócio e várias geografias. A Gartner fala de formação contínua, mais fluída e apelativa.
No segundo caso, as SCSC irão oferecer aos clientes uma coleção personalizada de produtos, dados e serviços de um ecossistema de parceiros digitais. «É uma abordagem vista maioritariamente nos sectores high-tech, saúde, consumo e indústria».
Na fase de continuidade, a que a Gartner chama de “In the Trough”, está a big data, que chegará ao mainstream em dois a cinco anos. «Há agora a noção pós-pico que mais dados não equivalem necessariamente a melhores insights», avisa a consultora. «Hoje, a big data é vista como uma alavanca, mas as organizações estão a focar-se em melhorar a analítica e integração para impulsionar estratégias de big data numa utilização produtiva».
Já numa fase de avançada de adesão, “On the Slope”, encontram-se cinco tendências. Supply chain visibility (SCV) e centros de excelência (COE), que estão perto de se tornarem práticas de negócio standard; analítica de diagnóstico, supply chain management e processos de negócio como serviço e ainda segmentação de supply chain segmentada. O que já chegou ao plateau é a analítica descritiva.
«Olhando para lá dos cinco anos, podemos ver tecnologias ainda mais excitantes no horizonte», afirma Tohamy. «Esperamos que a inteligência artificial, aprendizagem de máquina, responsabilidade social e analítica cost-to-serve levem a mudanças significativas nas estratégias de logística durante a próxima década».
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