«Maior controlo e rapidez sobre a informação reportada significa decisões mais suportadas e tomadas em tempo útil…»
A gestão de desempenho empresarial ou Enterprise Performance Management (EPM) pode parecer mais um conceito deste mundo que é a transformação digital das empresas. Mas é muito mais do que isso, porque permite controlar a execução e o seu alinhamento com as metas definidas, quer estas sejam económicas, financeiras, comerciais e operacionais, entre outras. A Milestone tem investido nesta área, procurando que os gestores a entendam, e reforça os recursos humanos e técnicos para que as empresas possam transformar-se utilizando a tecnologia mais adequada, e em maio último deu mais um passo na consolidação da sua oferta juntando-se à EPM Internacional. Ao Ntech.news, Paulo Ferreira, EPM lead da Milestone, diz que os primeiros resultados desta união são muito positivos, dando conta de que já estão em curso três projetos internacionais em parceria com outros membros da EPM International. Dentro de alguns dias serão divulgados os resultados do último Close Cycle Ranking. Contudo, Paulo Ferreira adianta que globalmente as empresas portuguesas que fazem parte deste ranking «melhoraram os tempos necessários para reportar os resultados preliminares de 2019 (não auditados), mas pioraram os prazos de publicação dos Relatórios e Contas auditados, algo que em alguns casos se justifica com o início do confinamento motivado pelo COVID 19 ter coincidido com a fase final de elaboração destes Relatórios. No entanto, por comparação com a maior parte das empresas dos restantes países do Ranking, globalmente continuamos nos últimos lugares do mesmo, sendo este liderado pelas empresas dos Estados Unidos da América».
Ntech.News – De que forma o EPM é estratégico para as empresas? Porque devem investir nestas soluções?
Paulo Ferreira – Para que os decisores possam tomar as melhores decisões de gestão é cada vez mais relevante medir e controlar o desempenho das empresas, quer económico e financeiro, quer comercial e operacional, produzindo informação de qualidade, em tempo útil, num ambiente controlado e com redução do tempo despendido na sua preparação em processos de baixo valor acrescentado, através da automatização dos mesmos. Processos e soluções de EPM são fundamentais para que as empresas consigam deste modo reduzir o custo total da função financeira e, simultaneamente, aumentar a sua produtividade no processo de reporte.
Como é que esta área de EPM faz a diferença num negócio?
P.F. – São vários e de setores diversificados os casos de implementações de sucesso. Alguns exemplos: hotelaria, serviços postais, indústria, energia, automóvel, alimentar, distribuição, segurador, etc. Como exemplo de caso prático de sucesso posso apontar um Grupo Português com mais de 80 empresas, maioritariamente do setor industrial mas abarcando também outros setores de menor peso no seu negócio, com presença em todos os continentes que implementou de forma gradual o seu processo de orçamentação, rolling forecast, consolidação, planeamento estratégico e reporte com soluções concebidas pela nossa equipa, quer em termos tecnológicos, quer na mudança gradual de processos e de qualidade dos dados transacionais.
Esta abordagem traz resultados a curto-prazo? Como são medidos estes resultados?
P.F. – Para além da redução do custo total da função financeira e, simultaneamente, do aumento da produtividade dos recursos no processo de reporte, os resultados também se medem pela qualidade do reporte (interno e externo) e pela rapidez com que este é disponibilizado. Por exemplo, temos Grupos Portugueses que consolidam e reportam à sua Administração mensalmente em soluções implementadas pela Milestone em 2 horas após o fecho contabilístico das empresas incluídas no perímetro.
É uma abordagem que poderá fazer a diferença por exemplo nesta altura em que o mercado se prepara para recuperar algum tempo perdido no início do ano?
P.F. – Sim, claro. Maior controlo e rapidez sobre a informação reportada significa decisões mais suportadas e tomadas em tempo útil, fatores críticos numa fase tão conturbada da nossa economia.
Até que ponto é uma área core para a Milestone?
P.F. – A área de EPM é uma clara aposta da Milestone, sendo uma das áreas em que a empresa é identificada pelo mercado como uma empresa de referência.
Uma união internacional que já produz resultados
É possível já comentar alguns resultados obtidos no âmbito da vossa união à EPM International?
P.F. – Os resultados são muito positivos. Poucos meses após a nossa adesão, já temos 3 projetos internacionais em parceria com outros membros da EPM International e diversas iniciativas conjuntas de eventos e investigação (como é o caso do Close Cycle Ranking).
Que recursos tem a Milestone nesta área? E quais os novos acrescentados com esta parceria?
P.F. – Mesmo na atual situação económica, a área de analytics é uma área em crescimento e conta já com 38 consultores, na sua maioria com largos anos de experiência. Os projetos internacionais que estão a surgir no âmbito da EPM International são mais um dos motivos para o crescimento sustentado da nossa área.
Quantos membros tem esta rede EPM? E o que faz destes membros uma mais-valia/referência para as empresas/gestores portugueses?
P.F. – Atualmente a rede EPM International é composta por 6 membros/empresas, com presença em 12 países, integrando em conjunto mais de 500 consultores especialistas nesta área.
Na prática como pode este valor ser aplicado nos projetos dos clientes Milestone?
P.F. – O facto de estarmos associados à EPM International permite que os nossos clientes beneficiem não só dos recursos e experiência da equipa da Milestone, enquanto membro local da EPM International, mas também da experiência adicional, competência e profunda pesquisa coletiva, bem como do conhecimento e competências técnicas de todos os membros da EPM International. É uma associação que irá dar acesso à maior rede especializada de EPM a nível mundial.
Por sua vez que valor coloca a Milestone na associação/rede?
P.F. – A Milestone também acrescenta recursos experientes à rede, bem como investigação e melhores práticas desenvolvidas por nós.
Final de 2020 com novidades
O que esperam dos últimos quatro meses de 2020 em termos de negócio?
P.F. – Os últimos meses de 2020 serão de execução de novos projetos iniciados sobretudo já no segundo semestre, evidenciando que as organizações sabem que independentemente de poderem terem quebras momentâneas na sua atividade e correspondentes resultados, necessitam ainda mais de estarem preparadas para o futuro.
Em que áreas vão colocar maior foco? E como o vão fazer?
P.F. – Estamos em constante desenvolvimento interno de novas soluções em todas as componentes de reporte relacionadas com EPM. Na área de Planeamento e consolidação, estamos a investir particularmente no desenvolvimento de soluções assentes em aplicações disponíveis na cloud, porque pensamos que será uma das áreas de maior crescimento.
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